Caso apenas um azulejo despencasse de um edifício, de uma altura de 15 pavimentos, e atingisse uma pessoa, o poder de destruição seria igual ao de uma bala de arma de fogo. Assim resumiu o engenheiro civil e especialista em patologia e engenharia de estruturas Gilberto Luiz.

Continua depois da publicidade

A queda de uma marquise, lembrou ainda ele, também poderia matar uma pessoa. Por causa destas preocupações, a Associação Joinvilense de Engenheiros Civis (Ajeci) realiza um ciclo de palestras para debater problemas e buscar soluções na área da construção civil da cidade. A ideia é montar um grupo de estudos permanente.

Após a tragédia na Boate Kiss, em Santa Maria, e a queda de parte do revestimento do Edifício Hannover, em Joinville, a preocupação com a estrutura de imóveis ficou ainda mais evidente.

– A comunidade precisa ter em mente que as construções não são eternas. Elas recorrem à manutenção. Um técnico precisa avaliar as edificações -, explicou Gilberto.

Os constantes deslizamentos em períodos de chuva também serão debatidos no ciclo de palestras, que vai receber um especialista em concreto, o engenheiro e professor da USP Paulo Helene, além do engenheiro da UFSC Edgard Odebrecht, no encontro em maio.

Continua depois da publicidade