O modelo agrícola catarinense sempre se manteve em evidência em função das características que lhe são peculiares. Do total de estabelecimentos agropecuários do território, 92% estão nas mãos da chamada agricultura familiar, que responde por 71% da produção do Estado. Ao longo da história este modelo demonstrou alto poder de resiliência. No entanto, a globalização econômica exige maior competitividade e não permite a permanência da agricultura familiar apenas na produção de commodities. A inserção dessas famílias no mercado com produtos primários, tanto in natura como processados, é dificultada pelo baixo volume produzido.

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Nesse cenário, apresenta-se como opção a associação por organizações rurais, que permite maior quantidade, diversidade e regularidade de produtos. Quando associados no compartilhamento de bens de produção, beneficiamento, armazenagem e transporte, os produtores rurais garantem ao modelo agrícola catarinense o cumprimento dos compromissos econômicos e sociais.

Como política pública de apoio ao setor, o governo do Estado oferece o Programa SC Rural. Para melhorar a competitividade dos produtos e serviços das organizações da agricultura familiar, o programa é coordenado pela Secretaria da Agricultura e executado por outras nove instituições governamentais. O SC Rural consolida empreendimentos rurais e oferece serviços como pesquisa e extensão rural, certificação de propriedades, gestão de recursos hídricos, formação de protetores ambientais etc.

O programa é financiado pelo Banco Mundial e os recursos não são reembolsáveis. Tem prazo de execução até final de 2016 e já aprovou 68 projetos estruturantes, totalizando R$ 37 milhões para 358 planos de negócios e beneficiando mais de 4 mil famílias rurais.

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