A engenheira química Sandra Medeiros, chefe do departamento de química da Univille, alertou, nesta quinta-feira, que a fumaça resultante da reação química a partir do nitrato de amônio já está contaminando o solo por onde passa. Se chover, a situação é agravada.
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– Essa água vai correr para o solo e os corpos hídricos, podendo até atingir o lençol freático – pontua a engenheira.
Como há previsão de tempo instável e possibilidade de chuva em São Francisco do Sul no sábado, surgiu a preocupação. Embora a força-tarefa que atua no local prometa acabar com a fumaça antes disso.
Sandra explica que a água da chuva em contato com os fertilizantes pode provocar o aumento de organismos aquáticos, principalmente de algas, que começam a “roubar” o oxigênio do ambiente.
– Peixes podem vir a morrer por causa do desenvolvimento dessas espécies – destaca.
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Segundo a especialista, o impacto vai ocorrer de qualquer maneira. O que não se pode precisar agora é qual o prejuízo final e quanto tempo será necessário para reverter o quadro. O fato, segundo ela, é que o solo já está sendo contaminado por causa da nuvem baixa que já está depositando elementos tóxicos na terra.
Os animais que estão no solo expostos a essas substâncias também correm riscos. Outro alerta que a engenheira faz é sobre as máscaras que, segundo ela, não bloqueiam a passagem da fumaça.
– Nem as de carvão ativado são eficazes. As mais indicadas para esse tipo de situação são as automáticas – conclui.
Imagens do segundo dia após acidente:
Vídeo do incêndio químico:
Internautas registram imagens do acidente:
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