Em sua primeira entrevista após o sequestro, a engenheira Carolina Luisa Vieira, de 28 anos, diz que só pensava em como se livrar da situação. Tentou ficar tranquila e ganhar a confiança do sequestrador.
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– Eu fiz amizade com o cara, eu dei cheque, cantei sertanejo. Acho que o importante é manter a calma – conta.
Durante a conversa, o sequestrador contou que tem um filho de quatro meses e queria comprar um bebê conforto para a criança.
– Disse que ele podia pegar meu cartão e comprar o que ele quisesse, lá pelas cinco e meia da tarde a gente começou a cruzar a Via Expressa. Foi aí que consegui convencê-lo de me deixar sair do porta-malas para sentar no banco da frente. Disse que como os carros andam muito rápido na Via Expressa, ninguém iria notar – lembra Carolina.
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Quando estavam próximos da cidade de Curitiba, Carolina conta que o sequestrador ficou preocupado com o que podia acontecer. Depois de muita conversa, a engenheira entrou em acordo com o homem. Disse que se ele a libertasse, só entraria em contato com a família depois de chegar em Florianópolis.
– Ele devolveu meu cartão para eu comprar uma passagem e me deixou próximo ao aeroporto. Peguei um voo e fiz o que combinamos. Só liguei para minha família quando cheguei em Florianópolis.