Um enfermeiro de Tijucas, na Grande Florianópolis, apresentou um diploma falso na tentativa de assumir como médico em uma vaga de concurso que prestou para a prefeitura da cidade. No entanto, durante apresentação da documentação, na quinta-feira (31), o Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) identificou que o registro era falso. O governo municipal confirmou que o servidor, de 47 anos, foi afastado.
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De acordo com o CRM-SC, o setor responsável pela inscrição de médicos identificou divergências no documento apresentado durante o pedido de inscrição, contatando de imediato a universidade, que confirmou que o diploma não havia sido emitido na instituição. Diante disso, o órgão acionou as polícias Federal e Civil para registrar a ocorrência.
O homem, que é enfermeiro concursado em Tijucas desde 2023, prestou concurso no primeiro semestre deste ano para a vaga de médico na cidade. Ao ser aprovado, segundo o Conselho Regional, buscava o registro de médico a fim de assumir o cargo público. Ainda conforme o órgão, ele já responde a outros inquéritos policiais, sendo um deles pelo exercício ilegal de medicina.
Por nota, o CRM-SC destacou o compromisso no combate ao exercício ilegal da medicina e da prática médica. Além disso, citou que o “incidente” ressalta a importância da “checagem rigorosa e constante” das credenciais dos profissionais de saúde, além de servir como um alerta à sociedade sobre a necessidade de verificar se tal profissional, de fato, é habilitado pelo órgão de classe.
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“A autarquia tem intensificado suas medidas de fiscalização e verificação de documentos, visando coibir práticas fraudulentas, afim de garantir que somente profissionais devidamente habilitados exerçam a profissão médica neste Estado”, disse o presidente do CRM-SC, Marcelo Lemos dos Reis.
O que diz a prefeitura
Por nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Tijucas informou que tomou conhecimento do caso na quinta-feira. Segundo a pasta, ele é servidor concursado no município e foi efetivado na vaga de enfermeiro em abril do ano passado, “cargo para o qual ele tinha formação comprovada”.
No texto, a Saúde diz que, no decorrer da atuação como enfermeiro, ele teria adotado uma “postura inadequada para a função”, já que pretendia atuar como médico, “extrapolando, portanto, suas atribuições e competências”.
Diante do ocorrido, a prefeitura afirma que abriu um processo administrativo de exercício ilegal da profissão contra o falso médico, que segue em andamento e aguarda posicionamento do Conselho Regional de Enfermagem (Coren). Enquanto isso, o servidor ficará afastado do cargo.
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“Cabe esclarecer que o mesmo não chegou a ser efetivado neste cargo porque ainda não havia concluído a fase de apresentação de documentação exigida para exercício da função e por isso, não tem vínculo com o município como médico”, cita o texto.
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