Depois da polêmica das redações com receita de Miojo e hino do Palmeiras, o Ministério da Educação (MEC) decidiu tornar mais rigorosa a correção das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A medida foi anunciada nesta quarta-feira pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ele também informou que as provas deste ano serão realizadas nos dias 26 e 27 de outubro e as inscrições começam na próxima segunda-feira.
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Os candidatos têm até o dia 29 de maio para pagar a inscrição, e o edital com as regras do exame será divulgado amanhã. A primeira prova será de ciências humanas e da natureza. No segundo dia, os candidatos passarão pelo teste de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática.
As mudanças na correção das redações foram definidas depois da divulgação, em março deste ano, de textos em que concorrentes descreveram a preparação de uma receita de macarrão instantâneo Miojo e o hino do Palmeiras. As redações receberam notas 560 e 500, respectivamente – o grau máximo é mil.
A partir de agora, um item no artigo do edital que fala sobre as razões para que uma redação receba nota zero do MEC combaterá as tentativas de deboche nas provas. O item 14.9.5 afirma que a redação que “apresente parte do trecho deliberadamente desconectada com o tema proposto” será considerada “anulada”.
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Outra decisão diz respeito aos erros de português. Na última edição do Enem, vazaram conteúdos de redações que, apesar de erros, como “rasoavel”, “enchergar” e “trousse”, receberam nota máxima. A partir deste ano, erros de português só serão desconsiderados em caso de nota mil quando a banca “justificar que aquele desvio é excepcional para justificar uma nota máxima”.
Por fim, o terceiro corretor deverá ser mais utilizado. Normalmente, a redação passa por dois corretores. Agora, todas vezes que as duas notas tiverem uma diferença de mais de cem pontos, um terceiro avaliador corrigirá a prova. Antes, a tolerância era de 200 pontos