O Enem abordou em suas questões a ampliação das desigualdades educacionais e sociais no Brasil durante a pandemia. O exame ocorre neste domingo (13) com a redação e as provas de linguagens e ciências humanas.
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Professores de cursinho que realizaram os testes elogiaram a prova ter abordado conteúdos atuais, relevantes e que falam sobre os direitos humanos. Essas sempre foram as características do exame, o que já foi criticado e contestado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os educadores avaliam que mais uma vez a prova resistiu às tentativas de interferência do governo. Uma das questões, por exemplo, trouxe uma charge de Luiz Fernando Cazo que mostra um menino, morador da periferia, tendo dificuldades para estudar de forma remota por não ter acesso à internet.
— A prova abordou situações muito relevantes e atuais que os próprios candidatos atravessaram nesse período. Muitos alunos devem ter se identificado com o que foi abordado — diz Vinicius Beltrão, coordenador de ensino do SAS Plataforma de Educação.
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A prova também trouxe questões que trataram sobre feminicídio, pobreza e criminalidade. Também trouxe um trecho de música de Chico Science e de Chico Buarque. O tema da redação deste ano também foi elogiado por tratar sobre os “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.
*Por Isabela Palhares
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