Milhares de estudantes se preparam para fazer a prova do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) nos dias 3 e 10 de novembro. Para ajudar os alunos, três professores do curso preparatório COC Floripa dão algumas dicas sobre as disciplinas de filosofia, geografia, história, língua portuguesa, matemática e sociologia.
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Língua portuguesa
Segundo o professor Ricardo Paulo da Silva, que dá aulas de português no COC, é importante que o estudante preste bastante atenção no enunciado da pergunta. Isso porque a prova do Enem trabalha com alternativas de respostas muito parecidas umas com as outras.
— Se o aluno lê as alternativas, ele acaba achando que todas estão corretas. A sugestão é que se leia primeiro o enunciado da questão e depois de feito isso, se leia o texto. Porque durante a leitura o aluno já vai ter mais noção do que está sendo pedido, e quando chegar às alternativas ele tem mais chance de saber qual será a resposta correta — explica.
O educador destaca que o exame nacional não tem como tradição aplicar conteúdos voltados para a gramática. A prova é mais focada na interpretação de texto. Outro detalhe que Silva chama atenção é que geralmente as respostas não são todas erradas, mas são opções de alternativas que vão desde a mais certa até a menos certa.
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— Os primeiros minutos da prova são os mais importantes porque é o momento que o aluno vai se acalmando ou ficando mais nervoso. Eu sugiro que se responda primeiro as disciplinas que o estudante se sinta mais confortável. Porque a primeira impressão é a que fica — destaca.
Conceitos como funções da linguagem e tipos de texto são bem presentes nas edições do Enem, conforme o professor. Além disso, ele alerta para o conhecimento sobre as características que uma reportagem apresenta. Esse é outro item que pode estar na avaliação.
— O Enem sempre é feito em cima de fatos atuais. Então, os textos da prova provavelmente terão relação com os acontecimentos do ano que atingem a sociedade como um todo. Um exemplo são campanhas com temáticas sociais, como preservação, vacinação, essas coisas — afirma.
História
Geralmente, o Enem cobra mais conhecimentos sobre a história do Brasil, de acordo com o professor do COC, Alan Carlos Ghedini. Os períodos de colonização, imperialismo e republicano devem estar na prova de 2019.
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— As questões podem ser em torno da Era Vargas. Essa parte de República é mais presente no Enem quando se fala em história do Brasil. Já na história em geral, o Enem é mais plural. Mas a gente percebe que ele dá uma atenção clara à história moderna e à contemporânea — diz Ghedini.
O professor salienta que, para revisar os conteúdos históricos de forma geral, é importante focar no mínimo em guerras, golpes e revoluções. Segundo ele, é quase garantidos que esses temas cairão na prova.
Outros assuntos que merecem ser estudados são os acontecimentos que envolvem Guerra Fria e que, em 2019, completam aniversários com datas redondas.
— Queda do Muro de Berlin, Revolução de Veludo, protesto da paz celestial em Pequim, na China. A derrota soviética no Afeganistão, a chegada do homem na Lua — detalha ele.
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Essa sucessão cronológica de datas e respectivos acontecimentos são chamados na História de efemérides, e sempre são fortes na avaliação, segundo o professor. Eventualmente, pode ser que a prova tenha algo sobre a Segunda Guerra Mundial.
— Neste ano estou apostando mais na Guerra Fria e também na parte de Brasil com as eleições de 1989, a redemocratização… A questão do regime militar pode aparecer, talvez, com uma nova ressignificação, dado que o atual governo já pontuou isso — esclarece.
Sociologia
Já na área de sociologia, Ghedini que também ministra essa disciplina, cita assuntos como cultura e sua indústria, etnocentrismo e questões que envolvem patrimônio cultural material e imaterial.
Filosofia
O Enem tem com costume cobrar dos alunos estudos referente à filosofia política.
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— Isso engloba Hobbes, Maquiavel, Rousseau e John Locke. Esses quatro geralmente estão mais presentes — afirma o professor Alan Carlos Ghedini, que também dá aulas de Filosofia.
Dentro do lado mais clássico da disciplina, ele destaca os trabalhos de Sócrates, Platão e Aristóteles. Nos conceitos de filosofia pré-socrática, ele indica estudar Arché e Physis que são considerados clássicos.
— É mais nessa linha que realmente circula a prova do Enem. A gente ainda está curioso para saber qual vai ser a base da avaliação porque o governo falou que ia avaliar de perto a prova. Então a gente não tem noção ainda de que tipo ela será e quais seriam as eventuais mudanças no teor das questões — afirma ele.
Ghedini também diz que é preciso ter cuidado com respostas que são muito afirmativas ou muito negativas:
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— Humanas não é uma questão de opinião. Mas não é uma ciência exata. Então, quer dizer que eu não posso taxar nem que sim e nem que não de modo muito categórico.
Por isso é importante ficar atento para opções que tenham palavras como ‘sempre’ e ‘nunca’. Conforme o educador, as respostas que determinam demais uma coisa ou outra – seja positivamente ou negativamente -, costumam estarem erradas.
Outro detalhe importante é estar alerta para as questões que evolvem imagens e referências bibliográficas da fonte, porque às vezes são nessas informações que podem estar parte das respostas.
— É indicado fazer uma leitura o mais tranquila possível para não pular vírgula, artigo. Porque em uma prova de humanas, às vezes o aluno acaba pulando coisas por causa da pressa. E de repente uma parte da sentença pode tonar aquilo inválido — pontua.
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Geografia
Na área de Geografia, o professor Alexandre Groth afirma que o Enem na maior parte das perguntas evita os temas que sejam de memorização. A famosa “decoreba”, como ele mesmo diz. A abordagem mais ampla é com relação às linguagens diferentes.
— Textos, gráficos e mapas geralmente são apresentados. Na última década, que foi quando ele (o Enem) passou a servir de porta de entrada para as universidades, o exame assumiu um perfil mais de um pouco mais conteudista. Mas sem ser aquela memorização que algumas provas ainda acabam exigindo — defende.
Por isso, assim com na língua portuguesa, é preciso prestar atenção na interpretação. O educador também realça o controle do domínio do tempo, que apesar de ser um fator decisivo em qualquer seleção, tem um peso maior no Enem.
— Até porque a prova tem o TRI, que é a Teoria de Resposta do Item. E ela faz um filtro, é uma avaliação do aluno por meio do nível de questões. Então, se ele não der conta de fazer toda a prova e chutar as últimas perguntas, isso pesa mais do que em outras provas — diz.
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É uma prova que muitas vezes se fica em dúvida entre duas alternativas por causa da interpretação mais elaborada. Já sobre os conteúdos, desde 2009 o exame passou ter temas “clássicos” como urbanização, meio ambiente, a questão agrária nacional e a globalização geopolítica.
— É fundamental ficar atendo ao comando da questão, entender bem o que ela realmente está solicitando. Quando travar em uma questão, pula e depois volta nela. Porque ela já era difícil mesmo, então, a chance de acertar ela já era um pouco menor e assim se administra o tempo melhor — conclui.
Aulão de cinema
O cursinho preparatório COC de Florianópolis irá realizar o tradicional aulão para revisar conteúdos e direcionar os alunos para o exame. A edição deste ano é uma pareceria com a NSC Comunicação e será no Cinesystem do Shopping Iguatemi, na Capital. O site do NSC Total vai transmitir ao vivo o encontro em 5 de outubro, das 8h às 12h30min.