O endividamento dos consumidores catarinenses, em dezembro, caiu na comparação com o mês anterior, revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (PEIC), da Fecomércio-SC.
Continua depois da publicidade
A última edição do estudo em 2012 mostra que o percentual de famílias com dívidas passou de 85,3% para 82,9% – uma queda de 2,4 pontos percentuais. São consideradas endividadas as pessoas com alguma compra parcelada, mas não necessariamente em atraso. Já a quantidade de famílias com contas em atraso aumentou entre novembro e dezembro de 2012, passando de de 22,4% para 23,1% no mês passado.
Na comparação anual (2011-2012), a tendência de endividamento dos catarinenses também é de queda, reduzindo de 88% em 2011 para 82,9% no ano passado: queda de 5,1 pontos percentuais.
O endividamento por faixa de renda mostra que as famílias com ganhos inferiores a 10 salários mínimos estão um pouco menos endividadas (82,3 %), se comparados com o grupo com renda superior a 10 salários mínimos (84,9%).
Continua depois da publicidade
Para a Fecomércio, a desaceleração do endividamento, iniciada no mês de outubro, fez parte de uma reestruturação do endividamento familiar. Esse movimento é fomentado pela melhor renda dos trabalhadores, aumento do emprego e queda nas taxas de juros. Outra causa foi a chegada do 13º salário, que ajudou a recompor a situação financeira das famílias.
Em relação ao tempo de comprometimento com as dívidas, a maioria dos catarinenses endividados tem dívidas por mais de um ano (46,6%). Aqueles que têm dívidas de até três meses representam 37,1%. Entre três e seis meses, são 7,6%. E, por fim, entre seis meses e um ano são 8,4%. O tempo médio de comprometimento com dívidas ficou em 7,3 meses.
Cartão de crédito
Entre os principais tipos de dívida dos catarinenses, o cartão de crédito continua sendo o principal agente do endividamento. Ele é responsável por 57,1% das dívidas. A comodidade deste tipo de dívida, a grande expansão no número de cartões de crédito dos últimos anos, as quedas nas taxas de juros e outras facilidades deste tipo de produto financeiro são apontados os principais motivos para a sua alta participação na estrutura de endividamento do catarinense.
Continua depois da publicidade
Em segundo, terceiro e quarto lugar aparecem, respectivamente, os financiamentos de carros, carnês e financiamento de casas.