O endividamento caiu em Florianópolis, mas a cidade ainda é a vice-líder neste índice entre as capitais, posição que ocupa há três anos. Em junho deste ano, 85% das famílias do município possuíam algum tipo de dívida, queda de dois pontos percentuais sobre 2015 e três pontos abaixo do registrado em 2014. Em termos absolutos, 144 mil famílias estão endividadas na Capital. O primeiro lugar na lista nacional é de Curitiba, com 86%.
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Os dados compõem a pesquisa Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP). A análise contempla dados de 2013 a junho de 2016, com base em informações do Banco Central, do IBGE e da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
O alto endividamento nas capitais da região Sul é explicado pela assimetria entre população e crédito. Os Estados do Sul respondem por menos de 15% do número de famílias do país e, ao mesmo tempo, captaram mais de 20% do total do crédito, segundo dados do Banco Central.
As famílias da capital catarinense comprometem cerca de R$2 mil mensais com dívidas. Com isso, a cidade passou da segunda para a quinta colocação no ranking nacional neste critério. O valor é 16,4% menor do que em 2013, mas bem superior à média nacional de R$ 1.569.
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Na Capital, 31% da renda das famílias está comprometida com dívidas, nível considerado adequado pela FecomercioSP. Em relação às dívidas em atraso, 23% das famílias florianopolitanas estão nessa situação.
Endividamento caiu de 62% para 58% no país
Com renda menor, a proporção de famílias brasileiras endividadas caiu de 62% em 2013 para 58% em junho de 2016. A crise econômica reduziu fortemente a massa de rendimentos mensais das famílias, perda estimada de R$ 4,4 bilhões ao mês nesse período. Isso resultou na menor proporção de endividados nas capitais. Em termos absolutos, mais de 400 mil famílias conseguiram sair do endividamento nesses dois anos.
Em relação a 2013, o valor da dívida mensal por família nas capitais também caiu ao passar de R$ 1.611 para R$ 1.569 em junho de 2016, e a parcela da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas subiu um ponto porcentual, de 30% em 2013 para 31% em 2016.
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