A enchente histórica que atinge o Rio Grande do Sul há pouco mais de uma semana chegou ao Sul do estado gaúcho e moradores estão sendo retirados de casa. As inundações são causadas pela alta no rio Guaíba. As cidades de Rio Grande e Pelotas são as mais afetadas.
Continua depois da publicidade
Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total
Conforme aponta uma projeção do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Guaíba deve levar ao menos 30 dias para voltar ao nível abaixo dos 3 metros. De acordo com o g1, na terça-feira (7), o patamar estava em 5,25 metros.
O governador Eduardo Leite (PSDB) disse, em comunicado, que o alerta é principalmente para a região da Lagoa dos Patos, que fica a 118 quilômetros do Guaíba. Segundo o político, a água que causa todo transtorno na região metropolitana da Capital desce pela lagoa após sair do rio. Os municípios da Costa Doce devem ser os mais afetados.
Como catarinenses podem doar mantimentos e produtos para vítimas das chuvas no RS
Continua depois da publicidade
Com o avanço da Lagoa dos Patos, as ruas de Rio Grande começaram a alagar na terça-feira. De acordo com o Zero Hora, pelo menos 229 pessoas estão fora de casa, entre desabrigados e desalojados. As áreas de mais risco na cidade são:
- Ilha dos Marinheiros
- Ilha do Leonídeo
- Ilha da Torotama
- Lagoa
- Saco da Mangueira
- Barra e demais regiões ribeirinhas
Também na terça-feira, em Pelotas, a prefeitura emitiu um alerta de evacuação para toda a população da região do Arroio, bem como a de outros balneários populares, como São Gonçalo, Valverde e Pontal da Barra. As regiões mais perigosas são:
- Laranjal
- Balneário Valverde
- Balneário Santo Antônio
- Pontal da Barra
- Marina Ilha Verde
- Entorno da Rua Comendador Rafael Mazza
- Vila da Palha
- Charqueadas
- Umuharama
- Lagos de São Gonçalo
- Parque Una
- Fátima, Balsa
- Navegantes
- Quadrado
- Doquinhas
- Final da rua General Osório
- Início do Simões Lopes, próximo à saída para Rio Grande
Continua depois da publicidade
Alerta de grande perigo
A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB), destacou que as condições de vento e a trégua momentânea das chuvas possibilita que, neste intervalo de aproximadamente 24 horas, sejam feitos os trabalhos de evacuação das possíveis áreas afetadas.
O intervalo sem chuva, no entanto, não deve durar muito. Isto porque dois novos avisos de tempestade para o RS foram publicados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O Extremo Sul do Estado está em “alerta de grande perigo”, já os municípios do Sul, Campanha, Centro e Fronteira Oeste estão em alerta laranja.
Conforme a GZH, o alerta mais grave, válido até 10h de quarta-feira (8), abrange 20 municípios. Entre eles estão Chuí, Jaguarão, Pelotas, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. O Inmet chama atenção para chuva superior aos 100 milímetros em 24 horas, o que pode ser considerado um valor alto.
Continua depois da publicidade
Situação do Rio Grande do Sul
Subiu para 95 o número de pessoas que morreram em função das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Conforme o boletim da Defesa Civil divulgado às 18h de terça-feira, há ainda 131 desaparecidos e 372 feridos.
No total, mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas. Destas, 207,8 mil pessoas estão fora de casa. Dos 497 municípios gaúchos, 401 relataram problemas relacionados ao temporal.
Quatro mortes são investigadas, para descobrir se têm relação com as chuvas. Além disso, mais de 206 mil pessoas seguem sem energia elétrica no estado gaúcho.
Leia também
Frente fria vinda do Rio Grande do Sul traz temporais e fortes ventos para SC
SC ajuda a transportar medula óssea vinda do Canadá até o Rio Grande do Sul
Nível dos rios no Rio Grande do Sul só deve normalizar no final de maio, dizem especialistas