A Prefeitura de Corupá calcula que o prejuízo com a forte chuva que atingiu a cidade no fim de semana foi de R$ 66,8 milhões – R$ 3.693 milhões no setor público e R$ 63,2 milhões na área privada. A informação está no Formulário de Informações de Desastre (Fide), do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec) encaminhado à Defesa Civil estadual e federal. O objetivo é obter recursos para obras de reconstrução e prevenção.

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Na área pública, os estragos ocorreram nos setores de saúde, abastecimento de água, esgoto, limpeza urbana, destinação de lixo, energia elétrica, telecomunicações, transporte, ensino e distribuição de combustíveis. No setor privado, a área mais prejudicada foi a indústria, com R$ 55 milhões, seguida de agricultura (R$ 5 milhões), serviços (R$ 3,1 milhões) e pecuária (R$ 100 mil).

A Prefeitura calcula que toda a população da cidade -13.852 habitantes – foi afetada de alguma maneira com a enchente, em virtude dos problemas causados na mobilidade urbana, abastecimento de água, comunicação, energia elétrica e moradia. A chuva também deixou 457 desalojados e sete desabrigados, mas na segunda-feira as pessoas que estavam provisoriamente no salão paroquial da igreja católica, no Centro, foram encaminhadas para a casa de parentes e amigos.

Entre quinta-feira e domingo, a cidade foi atingida por 462,6 milímetros de chuva. Os bairros atingidos foram o Centro, Bomplandt, João Tozini, Ano Bom, Seminário, 15 de Novembro, Rio Novo, Vila Izabel, Poço D’ Anta, Pedra de Amolar, Caminho Pequeno e a zona rural.

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De acordo com o secretário de assistência social, trabalho e habitação, Felipe Rafaeli Rodrigues, o preenchimento do formulário é necessária para homologar a situação de emergência.

Caminhões da Prefeitura estão nas ruas para ajudar na limpeza. A ponte da rua Roberto Seidel, que dá acesso ao Centro, continuava interditada.

Rede de gás é monitorada

A SCGÁS está monitorando a rede de gás natural no km 93 da BR-280, entre Corupá e São Bento do Sul, onde uma cratera abriu na pista no domingo. A empresa informou que não houve danos e que o bastecimento de gás natural na região – que inclui São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre – está normalizado. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) deve iniciar na quarta-feira a obra de recuperação.

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De acordo com a SCGÁS, o risco de desabastecimento só existe se houver alguma interferência da rede durante as obras ou se houver novos deslizamentos. A extensão da rede é de 76 quilômetros.