Encerrou por volta das 15 horas o protesto dos movimento sociais dentro da “Greve Geral”, que estavam bloqueando o trevo da BR 282, no Km 133, em Chapecó. Durante cerca de cinco horas, houve bloqueios de cerca uma hora, alternados com liberações.

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Dezenas de sindicatos e movimentos sociais participaram da manifestação. Ilka Maria Rucks, 65 anos, do Movimento das Mulheres Camponesas, acordou às 4h da manhã, fez 29 quilômetros de carona até São Miguel do Oeste, onde fez mais 120 quilômetros até Chapecó, onde chegou às 8h30.

– Eu sempre trabalhei na roça e consegui me aposentar, agora estou lutando pelos outros, pelos meus dois filhos, para manter seus direitos – afirmou.

A servidora pública Angélica Dickel Fantinel foi com o filho, Gabriel Fantinel Anzolin, de 2,5 anos, participar da mobilização.

– O que nossos pais fizeram por nós agora nós temos que fazer por nossos filhos – destacou.

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O agricultor Valdir Carvalho, de Chapecó, também foi no trevo para defender direitos dos trabalhadores, principalmente do meio rural.

– Nós não admitimos isso, é um absurdo tirar direitos dos trabalhadores, um filho de agricultor está desde cedo ajudando os pais e vai até os 65 anos debaixo de sol e chuva para se aposentar, isso não dá para aceitar.

Um dos coordenadores da mobilização, o coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), Alexandre Bergamin, destacou que o ato de Chapecó reuniu lideranças de 50 entidades da Região Oeste, para promover um debate com a sociedade.

– Esse foi um ato contra as reformas, contra o que esse governo ilegítimo está fazendo com o direito dos trabalhadores, queremos diretas já e não vamos desisitir, não vamos aceitar a retirada de direitos e se for necessário vamos radicalizar o movimento – afirmou o coordenador dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), Alexandre Bergamin.

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Como houve filas em quatro sentidos, nos dois da BR 282, no acesso da BR 480 e na SC 157, alguns motoristas reclamaram.

– Tomara que ajude, mas não sei se resolve, acho que tem que ir para Brasilia – disse o motorista Dalfrânio Ernst, que estava levando uma plataforma de colheitadeira de Novo Cabrais-RS para Rio Verde-GO. Ele ficou uma hora parado na fila.

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