Pelo menos 24 ônibus tiveram vidros quebrados por projeteis – à princípio, se tratam de bolas de gude – atirados em vários pontos da Grande Florianópolis entre às 4h45min volta das 6h30min desta sexta-feira. Empresas acreditam que ataques fazem parte de uma ação planejada.

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A empresa que mais teve ônibus apedrejados foi a Biguaçu. Ao todo 8 veículos tiveram seus vidros laterais quebrados por objetos ainda não identificados. Outros dois foram atingidos no parabrisa.

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Segundo o gerente de tráfego da Biguaçu, Vilmar Isaías Zandonai, houve ataques no Jardim Atlântico, próximo à Marinha, próximo ao Morro da Bina – divisa entre São José e Biguaçu – e na Via Expressa, na altura do viaduto em frente ao bairro Monte Cristo, onde a Jotur e a Estrela também relataram como ponto de apedrejamento.

– Ninguém viu nenhum suspeito, mas em todos os ônibus, as bolinhas de gude foram jogadas perto dos motoristas – conta Vilmar.

O gerente operacional da Jotur, Alexandre Dal Castagne, crê que os atos da manhã de sexta fazem parte de uma operação articulada, já que ônibus de várias empresas foram atingidos em horários similares e locais diversos.

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– Quem fez isso não tem noção que isso pode machucar pessoas – afirma Alexandre.

Também houve ataques nos bairros João Paulo e Cacupé contra veículos da Transol e Canasvieiras. A empresa Insular registrou um apedrejamento próximo ao trevo do Campeche.

O presidente do Setuf, Waldir Gomes, afirma que a Polícia Civil deve investigar os casos:

– A ação foi muito bem orquestrada, já que aconteceu em vários pontos no mesmo horário- disse Waldir.

Locais aproximados dos apedrejamentos

Caso parecido com 2013

Em julho de 2013, 14 ônibus das empresas Transol e Canasvieiras foram atingidos na SC-401, próximo ao Floripa Shopping. Os veículos eram atingidos nos vidros laterais sempre do lado esquerdo.

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Assim como em 2014, esses atos ocorreram de madrugada, pouco menos de um mês depois de paralisações do transporte público. No ano passado ainda houve protestos contra um possível aumento de tarifa. Ninguém descobriu os autores dos atos daquele ano.