O relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, afirmou que as empresas do publicitário Marcos Valério SMP&B, DNA e Grafite “simularam empréstimos” no Banco Rural. A afirmação foi feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ao proferir seu voto sobre desvio de recursos em contrato de uma das empresas com o Banco do Brasil. Para o relator, os empréstimos serviam, também, para esconder a apropriação de dinheiro público pelos réus.
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– A SMP&B, a DNA e Grafite simularam empréstimos, principalmente junto ao Banco Rural, importante etapa na lavagem de recursos do Banco do Brasil. As empresas não tinham capacidade financeira para realizar empréstimos com valores tão elevados – afirmou Barbosa.
O relator concluiu que Marcos Valério e seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach praticaram crime de peculato por terem se apropriado de recursos que deveriam ter sido devolvidos ao Banco do Brasil. Ele aceitou também a acusação contra o ex-diretor de marketing do BB Henrique Pizzolato.
O relator destacou que apesar de Valério estar a frente das negociações, os ex-sócios também teriam atuado nelas. Enfatizou que os ex-sócios assinaram cheques que serviram para beneficiar outros denunciados no esquema. Destacou que eles também deram anuência aos empréstimos.
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