Para driblar a concorrência do mercado por profissionais qualificados, as empresas estão pulando etapas e buscando colaboradores nas universidades. Com a ajuda de professores e coordenadores de cursos, muitas companhias decidiram apostar na contratação de profissionais que ainda estão na sala de aula e que mostram potencial. Para os alunos, a prática comprova que o networking no meio universitário pode encurtar o caminho para uma boa vaga no mercado de trabalho.

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É comum que os alunos subestimem a importância do relacionamento construído em sala de aula para a carreira. No entanto, muitos professores também são funcionários, gestores ou consultores de grandes companhias nacionais e multinacionais e podem facilitar o intercâmbio de estudantes universitários com as empresas.

Foi o que aconteceu com a engenheira trainee Letícia Matanna, de 23 anos, que iniciou como estagiária na Construtora Magno Martins, de Florianópolis, no ano passado, e recentemente foi contratada pela empresa. Letícia soube da vaga por e-mails divulgados pela coordenadoria de estágios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde cursou a graduação.

– Os professores são ótimos contatos, tanto para conseguir um estágio como para ingressar no mercado. Tenho amigos que depois de formados conseguiram melhores oportunidades de trabalho através da indicação de professores da faculdade – conta.

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Mas só a indicação não basta. A engenheira Cíntia Velho Marcon, que trabalhou com Letícia e hoje ocupa um cargo de gerência na Magno Martins, também iniciou como estagiária em 2011. Ela explica que é essencial ser proativo, comprometido com o trabalho e demonstrar interesse em aprender para aproveitar o estágio e ter chances de contratação. Afinal, há muitos interessados em passar por essa experiência. No curso de Engenharia Civil da UFSC, cerca de 100 alunos estagiam em alguma empresa.

Chance de aprender na prática os conceitos da universidade

– O estágio é a chance de apreender na prática os conhecimentos adquiridos na faculdade e o primeiro contato da pessoa com o mercado de trabalho. Portanto, o estagiário deve ter o mesmo comprometimento de um funcionário efetivo e ter em mente que esse não é momento de ele ganhar dinheiro, e sim um período de aprendizado – diz Cíntia.

Na Estácio de Sá, de São José, toda a oferta de vagas é centralizada desde 2011 no programa Espaço Estágio Emprego (E3). Segundo a coordenadora do programa, Andressa Silva, no primeiro semestre deste ano foram divulgadas mais de 6 mil vagas para os alunos.

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Por enquanto, a maior oferta é voltada para as áreas de administração, direito e informática. As vagas são divulgadas em grupos de e-mails e murais espalhados pela instituição.

* Com agências