As duas empresas que receberam leite adulterado com água oxigenada, conforme investigação do Ministério Público Estadual (MPE), divulgada na manhã desta quinta-feira, dia 7, Laticínios Mallmann e LBR, fabricante das marcas Bom Gosto e Parmalat, afirmam que o produto não foi vendido ao consumidor. A revelação faz parte da terceira fase da Operação Leite Compen$ado, que investiga a adulteração do produto no Estado.

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Em nota distribuída à imprensa, a LBR informa que “detectou a não conformidade de matéria-prima durante o processo de recepção no posto de captação. Imediatamente, seguindo todos os procedimentos, a empresa fez a rejeição e o descarte desse material, que não foi utilizado na fabricação de nenhum produto”.

A empresa informa que possui três pontos de checagem de qualidade e que a não conformidade do produto foi detectada na primeira delas. “Desta forma, asseguramos que este leite não entrou em nenhum estabelecimento da empresa, logo, não foi utilizado na fabricação de nenhum produto”.

De acordo com Marcelo Mallmann, diretor da Latícinio Mallmann, um posto de resfriamento em Nova Sede (RS) que fornece para empresas como Vonpar e Cosuel, não há risco do leite adulterado ter chegado ao consumidor.

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– Assim que detectamos adulteração, avisamos as autoridades sanitárias e descartamos o produto. As técnicas atuais permitem identificar substâncias estranhas mesmo em baixa quantidade, então temos certeza que esse leite não foi para o consumo.

Conforme o Ministério Público, a LBR não deixou de receber o leite aprovado em análises entregue pelos três caminhões da transportadora, conforme o MPE. Já a Laticínios Malmann deixou de receber o produto do atravessador suspeito.

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Operação Leite Compen$ado

Deflagrada em maio, a operação resultou em processos criminais de 19 pessoas: dez em Ibirubá, quatro em Ronda Alta, duas em Guaporé, uma em Horizontina e outra em Três de Maio. Até agora, das 14 pessoas detidas dez continuam presas, incluindo o vereador de Horizontina Larri Lauri Jappe (PDT).

Até agora, as operações estavam focadas na ação de atravessadores que adicionavam água e ureia com formol ao leite. Na terceira etapa, deflagrada nesta quinta-feira em Três de Maio, Nordeste do Estado, foi descoberta a fraude feita com água oxigenada.

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