Quem está à procura de um emprego temporário já pode se preparar. As oportunidades estão chegando às agências de recrutamento e seleção, ao escritório do Sistema Nacional de Empregos (Sine) e à Câmara de Dirgentes Lojistas (CDL). A expectativa é de que cerca de 500 vagas sejam abertas na cidade. A maioria delas é no comércio, mas também devem ser abertas oportunidades de trabalho nas fábricas.

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O emprego temporário pode ser um trampolim para conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho.

– Para ocupar uma dessas vagas, é preciso que os profissionais sejam treinados antes. Quando o funcionário se destaca e realiza sua atividade com qualidade, acaba sendo efetivado em razão da excelência que ele pode trazer à empresa -, explica Pedro Luiz Pereira, presidente da seccional da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) em Joinville.

Foi o caso de Kátia Regina Conceição de Macedo, de 24 anos. Ela foi contratada em novembro do ano passado para trabalhar durante três meses em uma loja de móveis. A experiência como crediarista foi um dos quesitos que a ajudou a conquistar a vaga. Ela demonstrou que gostava muito do trabalho e foi além do que esperava a gerente. Além de cuidar do crediário, ela passou a fazer cobranças e, com isso, conseguiu resgatar clientes antigos.

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– Os devedores quitavam a dívida e voltavam a ser clientes ativos -, destacou.

Como a maioria dos funcionários não gostava de exercer esta função, Kátia foi a escolhida para ser efetivada.

Pereira destaca que o nível de experiência que o profissional adquire é muito importante para sua efetivação.

– Até o comportamento é observado.

Atrativo

Nas lojas são pelo menos 360 vagas que devem ser criadas nas próximas semanas para o período em que tradicionalmente estão mais cheias de clientes.

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– Os salários melhoraram e isto foi uma estratégia encontrada pelos lojistas para tornar o setor varejista mais atraente, principalmente porque o funcionário precisa trabalhar em alguns fins de semana ou em horário de shopping. Às vezes, faltam candidatos -, diz Pedro Luiz Pereira, da ABRH Joinville.

Os salários podem chegar a R$ 1,7 mil incluindo comissão e benefícios. Neste mês, os lojistas estão preparados para escolher os candidatos e encaminhá-los aos treinamentos necessários para atender ao público na época mais movimentada para o setor durante o ano.

– Já começamos a receber a demanda dos empregadores, mas o número deve crescer ainda mais -, conta Gisele de Oliveira Werner, da CDL Talentos.

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– É interessante que os candidatos saibam que podem nos procurar. Temos muitas vagas para preencher e precisamos encontrar as pessoas para ocupá-las -, informa Gisele.

Neste ano, vai ser preciso mais agilidade

Quem está em busca de um emprego temporário precisa ser mais ágil este ano. As agências de recursos humanos apontam uma forte redução de oportunidades em relação ao mesmo período do ano passado. Para o último trimestre de 2012, Joinville terá uma média de 500 vagas de trabalho, menos de um terço dos 1,6 mil postos de 2011.

A crise econômica mundial está diretamente ligada à queda no número, principalmente na indústria, que prefere contratar profissionais permanentes. A produção não está tão intensa para justificar a abertura de vagas temporárias.

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– A oferta para as fábricas está bem menor neste ano -, diz Mônica Kinder, analista da Back RH.

A situação em Joinville é diferente da brasileira. No País, deve haver uma expansão de 5,5%.

Para Osmar Worn Filho, da Meta RH, outubro é um mês em que começa a se perceber o aumento de vagas temporárias.

– Observamos um crescimento de 30% no último mês, mas não deve aumentar muito mais. A tendência é que as indústrias prefiram contratos efetivos, que garantem um ritmo contínuo de profissionais durante o ano. Ainda mais que a crise atingiu de alguma forma todas elas.

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