Se nos pequenos criadores, com trabalhos manuais, o cenário da moda e design sustentável no Vale do Itajaí cresce, nas grandes empresas o conceito começa a ganhar cada vez mais força.
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O reaproveitamento não gera apenas economia de produtos, mas têm reflexos sociais importantes. Criada sob o signo da sustentabilidade, a blumenauense Eurofios é um exemplo de empresa que faz do conceito de preservação o próprio negócio.
O processo da Eurofios transforma a sobra de tecidos em novos fios. O beneficiamento desse material se dá pensando sustentabilidade em todas as etapas. As cores, por exemplo, são preservadas do tecido original, tornando desnecessário um novo tingimento.
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De forma mais ampla, o projeto Santa Catarina Moda e Cultura (SCMC), que busca reforçar a identidade do design no Estado ao unir em pesquisa empresas e instituições de ensino, é um exemplo de fomentador dessa sustentabilidade. O conceito é um dos pilares de todas as ações do SCMC.
Uma das coordenadoras do projeto e apaixonada pela tema, Amélia Malheiros diz que a busca pela sustentabilidade no projeto é sempre medida pela questão de resultado social e humano, e não apenas pelo viés econômico.
– Percebemos que algumas empresas já trazem isso no seu modelo de negócio, enquanto outras ainda trabalham como projetos paralelos. Ainda assim, o mais importante é que o assunto está aí e ganha força – comenta Amélia.
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Outro projeto, vindo de uma grande empresa, também alcança resultados que talvez os números consigam traduzir um pouco. A Dudalina, camisaria de Blumenau reconhecida nacionalmente, criou uma forma de aproveitar o tecido que sobrava no corte das camisas.
Os retalhos, organizados em um pacote, são doados para instituições de todo o Brasil dentro do projeto Geração de Renda. Se o impacto ambiental impressiona por evitar até agora que mais de 35 toneladas de tecido fossem jogados em aterros sanitários, o resultado social é ainda maior.
São mais de 590 instituições que recebem regularmente o kit com retalhos. Além da doação, a Dudalina capacita as pessoas envolvidas e doa equipamentos. O resultado da produção com esse retalho, normalmente sacolas ou luvas de cozinha, é comprado pela própria empresa, que usa como material de divulgação ou distribuição gratuita.
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