As vendas das empresas do Norte de SC que têm capital aberto e são negociadas na Bolsa de São Paulo cresceram 18,4% no terceiro trimestre de 2012, comparativamente a igual período de 2011.
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O faturamento foi de R$ 2,746 bilhões. Mas a expansão não está se refletindo nos lucros das empresas, que foram de R$ 232 milhões no terceiro trimestre, 5,6% a menos do que nos mesmos meses de 2011.
Um dos principais fatores que ajudaram na queda da lucratividade – 10,6% em 2011 e 8,4% neste ano – foi a desvalorização do real em 18,1%. No terceiro trimestre de 2011, o dólar estava cotado a R$ 1,666, em média. Neste ano, passou para R$ 2,039.
Isto acabou contribuindo para aumentar o custo de produção das empresas, que cresceu 21,6%, passando de R$ 1,667 bilhão, entre julho e setembro de 2011, para R$ 2,027 bilhões, nos mesmos meses de 2012. Boa parte dos insumos utilizados pelas empresas ou é importada ou cotada em dólares.
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O mercado internacional pode não estar muito aquecido, mas as empresas da região estão tendo bons retornos com os negócios feitos lá fora. As exportações da Tupy aumentaram 80,1% no comparativo entre os terceiros trimestres de 2011 e 2012. As da Weg, 40,4%.
Nos nove primeiros meses do ano, os investimentos feitos pelas empresas de capital aberto tiveram um crescimento de 115,5%. O número foi influenciado pela conclusão da compra de duas fundições no México por parte da Tupy. O que está prevalecendo agora é uma postura mais cautelosa, esperando uma melhoria na situação da economia mundial.
A Weg, em seu relatório de administração, destaca que não vai alcançar a meta de investimentos propostos para 2012. A Tupy fez um recuo de 46,2% no terceiro trimestre, aplicando R$ 40,2 milhões. A queda no valor investido pela Schulz no terceiro trimestre foi maior: 61%. Na Döhler e na Wetzel, os valores aplicados na expansão dos negócios permaneceram estáveis.
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A situação é bem diferente na Autopista Litoral Sul. Foram aplicados R$ 55,2 milhões, 48,3% a mais do que no ano passado. A justificativa é o cumprimento do contrato de concessão, que está prevendo maiores desembolsos.