Pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) mostrou que 32,9% das 55 empresas consultadas faturaram mais em 2012 do que em 2011. O resultado está acima do crescimento médio do setor no Estado, que é de 20%. Além de ajudar a entender o desenvolvimento das empresas de Tecnologia da Informação (TI) em Santa Catarina, o levantamento registra a importância das parcerias entre os empreendedores de um mesmo segmento.
Continua depois da publicidade
As 55 empresas participantes da pesquisa fazem parte das Verticais de Negócios da Acate. Conforme o presidente da associação, Guilherme Bernard, uma vertical nada mais é do que um agrupamento de empresas do mesmo segmento. Hoje, a Acate tem 12 verticais e elas cobrem as áreas de sustentabilidade, cloud computing (computação em nuvem), games, energia, educação, entre outras.
– A tecnologia é um setor transversal, com áreas muito diferentes de atuação e nós não tínhamos um programa específico de ações para impulsionar cada segmento. As Verticais de Negócios também aumentam a rede de relacionamento desses empresários, que é um elemento de grande valor neste setor – explicou.
O presidente da Acate acredita que o bom resultado no faturamento bruto das empresas verticalizadas é primeiro mérito das próprias corporações. Segundo ele, são os empresários que enriquecem os grupos e o crescimento de 33% é um reflexo de negócios abertos a ideias novas e ao compartilhamento de informações.
Qualificação dos profissionais do setor melhorou com parcerias
Continua depois da publicidade
A pesquisa mostrou ainda que o número de colaboradores das empresas consultadas aumentou mais de 40% no período entre 2011 e 2012. Bernard diz que este é um resultado previsível, pois são empresas com alto potencial de crescimento. Mas ele destaca que a qualificação dos profissionais do setor – uma dificuldade antiga das empresas de TI em Santa Catarina – melhorou após serem firmadas parcerias com universidades e o Governo do Estado, que viram no setor um mercado fértil para a geração de empregos.
Entre os números negativos do levantamento está o de captação de recursos públicos para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). No ano passado, as 55 empresas consultadas investiram R$ 3,5 milhões de recursos públicos em PD&I contra R$ 10,5 milhões em 2011, uma queda de 66% de um ano para o outro.
Na análise do presidente da Acate, os programas de financiamento do governo federal oferecem obstáculos à captação porque estão focados em determinadas regiões do país, como o Norte e o Nordeste, e em áreas específicas da economia. Além disso, Bernard ressalta que os processos são demorados e que muitas vezes exigem um investimento prévio do empresário como garantia.