Empresas de ônibus divulgam estudo sobre detalhes do sistema em Joinville

As empresas Transtusa e Gidion, atuais concessionárias do transporte público em Joinville, lançaram nesta segunda o estudo “Radiografia do transporte coletivo”, que detalha o funcionamento do sistema na cidade.

A intenção dos diretores das empresas é qualificar o debate sobre os fatores que influenciam no transporte. As questões de mobilidade e o mapeamento do setor foram reunidos em um livro de 54 páginas.

Nesta segunda, o estudo foi apresentado na Associação Empresarial de Joinville (Acij). Exemplares também foram encaminhados para a Prefeitura e para a Câmara de Vereadores. Nos próximos dias, os candidatos à Prefeitura e outras entidades receberão a visita dos diretores.

Um dos problemas apresentados pelos empresários é a falta de políticas públicas que favoreçam o transporte coletivo, já que os incentivos fiscais estão sendo direcionados à compra de automóveis.

Dois exemplos relatados por eles, que influenciam em âmbito nacional, são a redução de impostos na compra de carros e motos e o preço do óleo diesel que aumenta relativamente mais do que a gasolina.

Aumentar o investimento em infraestrutura é apontado como um fator importante e urgente. Um dos exemplos são os cerca de 12 km de corredores de ônibus. Segundo Alcides Bertoli, um dos diretores, a sinalização da pista resolve em curto prazo, mas, com o tempo, a via que era estacionamento sofre com a passagem de ônibus, pois não foi projetada para suportar o peso dos veículos.

A integração dos terminais também recebe avaliação das empresas. Hoje, 45% das intenções de viagem têm como destino o Centro. Poderia se estudar a possibilidade de viabilizar uma tarifa diferenciada para quem sai da região periférica para um bairro central, por exemplo.

Diferentes turnos de trabalho nas grandes empresas da cidade também ajudariam a solucionar a demanda nos horários de pico. O valor para manter o sistema funcionando, segundo as empresas, é de aproximadamente R$ 9 milhões por mês.