Empresas contestam decisão de reduzir tarifa de ônibus em Joinville

As empresas concessionárias do transporte coletivo de Joinville questionaram a redução do valor da tarifa de ônibus. Em nota oficial, a Gidion e a Transtusa comentaram que a desoneração do PIS e da Cofins sobre a folha de pagamento dos funcionários – a alíquota era de 3,5% – não é suficiente para que o valor da passagem possa ser reduzido.

As empresas alegam que entre os meses de janeiro e fevereiro houve aumento no valor do diesel em mais de 10%. Logo, mesmo com as desonerações, o custo deveria ser menor.

Mesmo assim, Gidion e Transtusa ressaltaram que entendem a preocupação do prefeito em reduzir o valor da tarifa do transporte público. No comunicado, elas dizem esperar “que a diferença em relação à tarifa técnica do sistema seja compensada de alguma outra forma, a exemplo do que foi feito pelo governo de São Paulo, com subsídio.

A Prefeitura anunciou na tarde de quinta-feira a redução da tarifa de R$ 2,90 para R$ 2,80 na compra antecipada. A passagem embarcada também vai ficar mais barata: passará de R$ 3,30 para R$ 3,20. Os valores passarão a ter validade a partir do dia 1° de julho.

A redução da tarifa, homologada através de decreto assinado pelo prefeito Udo Döhler (PMDB), é resultado da decisão anunciada no mês passado pelo governo federal de isentar as empresas de transporte coletivo do PIS e Cofins. A medida representa uma redução de 3,65% nos custos dessas empresas.

O corte de R$ 0,10 já vinha sendo estudado pela Prefeitura de Joinville desde a semana passada. No encontro, representantes do governo municipal se reuniram com as empresas concessionárias do transporte coletivo para discutir uma redução nos valores. Cada uma das partes ficou responsável por apresentar uma planilha de preços que apontasse o custo da tarifa.

Para o secretário de Infraestrutura, Romualdo França, havia entendimento de possibilidade de redução da tarifa, enquanto as empresas Gidion e Transtusa argumentaram que, mesmo com o abatimento do imposto federal, os custos permaneciam superiores a R$ 3. Por isso, pediam a permanência do valor.

O prefeito Udo Döhler, no entanto, seguiu os valores sugeridos pela Seinfra e anunciou a redução da tarifa.

– O abatimento do imposto federal abriu uma oportunidade de diminuir a tarifa. Logo, só apropriamos o benefício que veio do governo federal -, disse.