O nascimento de uma empresa é como o de um bebê. Ambos necessitam de cuidados iniciais para crescerem fortes, desenvolverem suas habilidades e trilharem os melhores caminhos. Por meio da assessoria, os “bebês” tornam-se independentes e depois dão os próprios passos rumo à maturidade. É exatamente assim que funciona uma incubadora que tem como objetivo oferecer suporte a empreendedores para que eles desenvolvam ideias inovadoras e alcancem o sucesso. E não são poucos os empreendedores que recorrem a essa ajuda.
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Conforme a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), existem hoje 30 incubadoras em SC que auxiliam cerca de 300 empresas, número que varia bastante devido à alta rotatividade.
Gabriel Sant’Ana, coordenador do Midi Tecnológico – incubadora gerida pela Acate e mantida pelo Sebrae -, explica que uma das vantagens de ser incubada é o acesso a consultorias em diversas áreas, além de fazer parte de um grupo de empresas e iniciar o empreendimento com uma rede de contatos já estabelecida.
– O incubado paga uma taxa referente ao aluguel e serviços oferecidos, como luz, internet, treinamento e limpeza. Normalmente é um valor que fica abaixo do cobrado no mercado.
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Sant’Ana conta que, no caso do Midi Tecnológico, a incubação pode ser residente ou virtual. Independente da modalidade, o empreendedor deve se preparar para sair do casulo e se manter competitivo no mercado já que, em média, o processo de incubação dura entre dois e quatro anos.
Sinergia é importante para gerar negócios e aprender com os erros
No caso da Audaces, empresa que desenvolve softwares e hardwares para indústrias de confecção em Florianópolis, a permanência no Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (Celta), incubadora da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), se prolongou por oito anos e foi decisivo para alcançar o sucesso atual.
– A troca de informações e sinergia das empresas incubadas é importante para gerar negócios e aprender com os erros – afirma o diretor de negócios da Audaces, Claudio Grando, que criou a empresa em 1992 junto com um sócio durante o curso de Ciências da Computação da Universidade Federal de SC.
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Grando diz que sentiu um “friozinho na barriga” ao deixar a incubadora, porque de certa forma abandonou um mundo protegido para desbravar o desconhecido. Mas o momento representou um salto de crescimento da empresa.
Prova disso é que atualmente a Audaces conta com 300 colaboradores, é líder no segmento na América Latina e tem clientes espalhados por 70 países. Já o Celta abriga atualmente 31 incubadas dos mais diversos setores, as quais faturam juntas R$ 40 milhões por ano e são responsáveis por empregar 750 pessoas.
Para fazer parte da primeira incubadora do país, a palavra de ordem é inovação.
– A parte de maior peso no processo seletivo é a inovação e a tecnologia. Dentro do Celta foi desenvolvida a primeira máquina de corte a laser do Brasil e o primeiro bafômetro da América Latina – lembra o diretor da incubadora, Tony Chierighini.
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>>>Algumas incubadoras de SC
Celta
Ano de fundação: 1986
Sede: Florianópolis
Empresas incubadas: 31
Empresas graduadas: 77
Processo seletivo: durante o ano todo
Informações: www.celta.org.br
Midi Tecnológico
Ano de fundação: 1998
Sede: Florianópolis
Empresas incubadas: 21
Empresas graduadas: 71
Processo seletivo: durante o ano todo
Informações: www.miditecnologico.com.br
Instituto Gene
Ano de fundação: 2002
Sede: Blumenau
Empresas incubadas: 12
Empresas graduadas: 41
Processo seletivo: 10 vagas até o dia 27 de novembro
Informações: www.institutogene.org.br