Dois voos que partiam de Joinville para São Paulo foram suspensos e estão afetando as agendas de quem costumava fazer viagens pela manhã. Agora, as pessoas precisam viajar no dia anterior para os compromissos, ou sair de aeroportos de cidades próximas, como Curitiba, Florianópolis e Navegantes. A decisão é criticada por entidades empresariais.

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As suspensões envolvem um voo da Azul, que saía às 6h; e outro da Voepass Linhas Aéreas, por volta das 8h15. As duas linhas tinham como destino Congonhas e a falta delas impacta, principalmente, para quem tinha compromissos matutinos em São Paulo.

Fotos do Aeroporto de Joinville

A reportagem do AN procurou as empresas e, por nota, a Azul informou que o voo foi suspenso temporariamente devido a publicação da malha de inverno da companhia. A empresa ainda destaca que os clientes foram avisados previamente e que receberam toda a assistência necessária. Conforme a Azul, o voo das 6h deve retornar no último trimestre do ano.

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VÍDEO: Aeroporto de Joinville vira ponto turístico com aviões passando “colados” de casas e rua

Já a Voepass informa que, para suprir o atendimento emergencial aos destinos do interior do Rio Grande do Sul, desde o dia 13 de maio, fez um ajuste em sua malha aérea no trecho entre Joinville (SC) e o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Até o dia 26 de maio, a operação acontece todos os dias, com decolagem às 11h05, de Joinville e pouso em Congonhas às 12h15. Já de 27 a 30 de maio, o horário de partida passa a ser 9h20, com chegada prevista às 10h30. Após este período, a companhia ainda estuda como será a continuidade da operação do trecho.

O Aeroporto de Joinville, por sua vez, disse que o movimento de passageiros tem crescido nos últimos dois anos e chegou a dobrar em 2023 na comparação com o ano de 2022. A equipe comercial do aeroporto segue em diálogo com as companhias aéreas, reforçando o potencial turístico e econômico da região para atrair novas rotas para Joinville.

Entidades empresariais criticam decisão

A suspensão dos dois voos está sendo alvo de críticas de entidades empresariais de Joinville. Para Margi Loyola, presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), a decisão das companhias aéreas é um retrocesso. 

— Estamos sempre brigando aqui em Joinville pela redução das tarifas e aumento da frequência de voos, principalmente para Congonhas, que atende muitos empresários. Somos uma cidade de potência industrial, nós temos empresas de porte internacional. Um voo mais cedo, para Congonhas, retornando mais tarde, atendia esse público de negócios — expõe. 

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Patrícia Furlan, presidente da Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa (Ajorpeme), segue em uma linha parecida de pensamento, focado em quem busca por negócios em São Paulo. 

— Às vezes o empreendedor gostaria de sair cedo de Joinville para fazer suas atividades. A partir do momento que ele não tem essa oportunidade, precisa buscar isso em outras cidades. Acreditamos que isso impacta na infraestrutura da cidade. À medida que a gente perde esse movimento, pode ser que nosso aeroporto fique inviabilizado — pontua. 

Marcos Bittencourt, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Joinville, reafirma a ideia de que os voos suspensos vão prejudicar a economia da cidade. 

— O prejuízo é evidente porque a gente nunca sabe como estarão as nossas BRs durante o dia. Pode ser que a nossa Serra esteja fechada. Torna o serviço mais tenso para os nossos executivos — finaliza.

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*Com informações de Reginaldo de Castro, repórter da NSC TV

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