Estreou nesta semana na Embraco um projeto-piloto para cuidar da saúde dos funcionários. Inicialmente, foi oferecido o atendimento clínico gratuito dentro da empresa, para economizar o tempo e o dinheiro do trabalhador com a consulta e o deslocamento.

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Também estão planejados a clínica de osteopatia- um tratamento alternativo, que usa técnicas de terapia manual – , o atendimento psicológico e o acompanhamento dos trabalhadores afastados por motivos de saúde. Atualmente, a empresa tem cerca de 4.300 funcionários.

Uma das primeiras atendidas, a especialista de controladoria Mayara Ledoux, 27 anos, pratica corrida, mas por causa de um problema no joelho, precisou participar das aulas de hidroginástica. Para evitar o deslocamento entre o Distrito Industrial, onde fica a empresa, e o Centro, em horário comercial, ela conseguiu uma consulta com a médica que atende especialmente os funcionários no ambulatório.

– É uma iniciativa bem importante, porque os negócios são importantes para as empresas, mas são as pessoas que fazem os negócios rodarem. É essencial esse incentivo e cada vez mais buscar alternativas de melhorias para a qualidade de vida. Isso demonstra que não estão simplesmente querendo resultados, mas nos apoiando para que isso aconteça – diz Mayara.

Artigo: Permacultura e decrescimento

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Mildred Gustack Delambre, gestora da Nova Oikos Permacultura

Cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, uma visão generalista de ecologia vem se instalando do comércio às conversas entre vizinhos. Cresce a preocupação tanto econômica quanto social em relação aos danos que a interferência das atividades humanas pode exercer no funcionamento do planeta e, consequentemente, na própria qualidade de vida de todos os seres. Exemplo disso é a Catástrofe Mariana (MG).

Até onde precisamos ir para suprir nossas necessidades? O que somos capazes de fazer para saciar nossos desejos? A diferença entre a resposta a uma e outra questão é a base de todo um movimento e método de planejamento ecologista. A permacultura nasceu na Austrália e foi rapidamente promovida pelo mundo afora por conta da forma como pode (e deve) ser adaptada e aplicada às diversas situações, territórios e comunidades.

Assim como cada um tem a sua receita para felicidade, a forma como serão aplicadas as técnicas e conceitos reunidos na permacultura pode variar. O que não varia são os princípios sobre os quais as formas se desenvolverão. Por exemplo, não há felicidade sem saúde. Portanto, um princípio para ser feliz é ser saudável. Esse raciocínio está nos princípios éticos: cuidar da terra, cuidar das pessoas, estabelecer limites e partilhar os excedentes.

Nas cidades, a permacultura tem encontrado espaço nas diversas empreitadas cidadãs, de hortas orgânicas comunitárias, nos movimentos de massa crítica dos ciclistas, as chamadas bicicletadas, e nas escolhas pelos alimentos orgânicos. Veja a aplicação da ética no caso das hortas: cuida da Terra quem planta orgânico, pois não contamina o solo e as águas com os agroquímicos. Se planta junto com o vizinho, produzindo no quintal, poupa a atmosfera das emissões do transporte de alimentos.

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Nas hortas comunitárias, cuidamos das pessoas, partilhando tempo e convívio saudável e cooperativo. Muitos projetos – levando ou não o nome da permacultura – estão empenhados em propiciar espaço e tempo para mais pessoas experimentarem formas de viver e ver a vida com mais qualidade e em paz com a natureza.