Um grupo investigado por fraude a licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato foi alvo de operação na manhã desta quinta-feira (24). A força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público de Santa Catarina cumpre 120 mandados de busca e apreensão em Laguna e outras oito cidades, além de cinco mandados de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

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As autorizações judiciais também são cumpridas em Florianópolis, Navegantes, Itajaí, Tubarão, Criciúma, Imbituba, Imaruí e Capivari de Baixo. 

A Justiça também liberou 10 medidas de proibição de acesso à Câmara de Vereadores de Laguna, duas medidas de afastamento da função pública e oito medidas cautelares de sequestro de bens, entre elas a apreensão de uma embarcação pesqueira.

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A operação Seival 2 investiga crimes praticados em Laguna e no Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (IPREV) por empresários, servidores públicos e agentes políticos dos poderes Executivo e Legislativo. A primeira fase da operação foi em 2017, e um vereador preso na época teve o mandato cassado pela Câmara de Laguna um ano depois.

A operação deflagrada nesta quinta apura a atuação de novos integrantes do grupo que possuem estreita ligação com as pessoas inicialmente investigadas pela Polícia Civil e denunciadas pelo MPSC. Uma espécie de “loteamento” das secretarias municipais, por meio de indicações políticas, e o recebimento de propina, são investigados.

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Segundo a Polícia Civil, contratos firmados pela prefeitura de Laguna com empresários que há anos prestam serviço na cidade, com indicativos de superfaturamento e inexecução das obras e serviços licitados, e fraudes a licitação no IPREV no ano de 2016, também estão na mira da força-tarefa.

IPREV diz que irá colaborar com investigação

O nome do IPREV, que aparece na Operação desta quinta, é relacionado a três obras de reforma nos imóveis das agências, em diferentes municípios, com as empreiteiras citadas na investigação.

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A Polícia Civil esteve na sede do IPREV, em Florianópolis, para recolher as pastas com o histórico destes contratos relativos às obras de reforma, confirmou o presidente Marcelo Panosso Mendonça.

– Agora o papel da investigação é apurar se existiu algum favorecimento nesses casos e, no que toca ao IPREV, vamos colaborar com toda e qualquer informação – disse em nota.