A comunidade empresarial de Joinville recebeu o projeto do novo terminal de cargas do aeroporto de forma positiva. Para o presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), Moacir Thomazi, este movimento é uma parte importante de um projeto maior que envolve o aeroporto da cidade.
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– O terminal de cargas interessa muito aos empresários joinvilenses. É claro que, para eles, outros quesitos também são importantes, como incluir rede de hotéis e área alfandegada, mas só o terminal já é muito interessante – explicou.
Algumas empresas da cidade têm a necessidade de utilizar este tipo de local. Thomazi ressalta que, em alguns casos, as cargas precisam ser transportadas apenas por via aérea, seja por questão de prazos ou por especificidades do produto. O complexo traria facilidade às empresas da região. O terminal que existe hoje em Joinville é pequeno para atender à demanda. Os impactos financeiros e econômicos da ampliação ainda não foram projetados pela Acij. Porém, o presidente da entidade esclarece que esta alternativa poderia ser viável para as empresas que importam componentes para seus produtos.
– Há empresas em Joinville que trazem elementos de outros países. Esses elementos de tecnologia avançada e que não ocupam tanto espaço podem ser trazidos por via aérea e talvez compense o custo-benefício – disse.
O prefeito Udo Döhler considera o aumento do terminal de carga um avanço histórico. Segundo ele, o esboço do plano diretor do aeroporto vai até 2029 e prevê, além desta ampliação, alongamento da pista, projeto do aeroporto industrial, alfandegado e aumento no número de terminais. O projeto do terminal de cargas, segundo Udo, dá o pontapé inicial para a almejada expansão do complexo. Udo ressalta que a proposta do complexo deverá ser homologada pelo Conselho da Cidade até maio.
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– O projeto final irá permitir que aeronaves de grande porte, como um 767, possam operar aqui. Não em capacidade plena, mas ele irá sair daqui com uma carga de 40% para depois completar em outros aeroportos – explicou.
Na visão do prefeito, as melhorias previstas para o local, começando com este terminal, acompanharão o avanço econômico esperado para Joinville durante os próximos 30 anos. A intenção é que, com o aeroporto industrial, a manufatura dos produtos importados ou exportados no País seja concluída no próprio local.
– O que este tipo de aeroporto busca é espaço na área de tecnologia da informação, de novos materiais, da biotecnologia, e assim por diante. Produtos com alto valor agregado e que já comecem a acontecer na cidade nos próximos 20 anos. Neste intervalo, já temos a infraestrutura pronta – completou.
A Ajorpeme também apoia o projeto, segundo o presidente da entidade, Célio Luiz Valcanaia:
– Somos totalmente a favor desta concessão, já que entendemos que a iniciativa privada tem mais condições de operar os negócios que o burocratizado governo.
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