Sem o posicionamento do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Transportes de Valores e Escolta Armada de Santa Catarina (Sindesp) que poderia dar fim à greve dos trabalhadores do transporte de valores, o movimento continua nesta quarta-feira.

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O Sindesp tinha até as 10h desta quarta-feira para posicionar-se sobre a proposta dos trabalhadores, que seria de não descontar os dias parados. Caso o sindicato patronal aceitasse a proposta, os trabalhadores fariam assembleias com o indicativo de encerrar a paralisação. Entretanto, até as 13h40 o Sindesp não havia se manifestado junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Por conta da falta de acordo, na tarde desta quarta-feira a desembargadora do TRT Viviane Colucci julgará o pedido de liminar feito pelas empresas para declarar a greve abusiva, bem como o estabelecimento, ou não, de frota mínima.

As empresas pedem que sejam mantidos em atividade 50% dos trabalhadores e dos veículos, com acompanhamento de escolta policial para o transporte dos valores e abastecimento dos caixas.

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Em Blumenau, os trabalhadores continuam reunidos em frente à empresa Prosegur, na Rua 2 de Setembro. O diretor regional do Sindicato dos Empregados em Transportes de Valores de Santa Catarina (Sintravasc) Augusto Telles diz que agora o sindicato aguarda o julgamento do dissídio coletivo, que deve ocorrer nesta quinta-feira às 13h30min.

O reajuste proposto pelo Ministério Público do Trabalho no início da semana foi reiterado pelo TRT. A proposta consiste na correção monetária pelo INPC (4,88%) a partir de maio, mais 4% de ganho real, que poderão ser pagos de forma escalonada até outubro. Esses percentuais incidiriam sobre todas as cláusulas econômicas do dissídio ,como o auxílio alimentação, por exemplo, e não apenas em relação ao salário.

A paralisação dos trabalhadores do transportes de valores começou no início deste mês.