Quando os botões coloridos caem das mãos da psicóloga Karollyne Pereira, de 25 anos, é inevitável olhar a cena sem imaginar que as peças poderiam ser moedas.

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– Bem que podia, né? -, brinca ela.

A riqueza do mundo colorido do artesanato no qual a jovem vive está transformando, aos poucos, os enfeites em dinheiro. O hobby que começou na adolescência se tornou uma atividade complementar da renda há um ano.

– Chego a tirar o dobro do valor do salário de recepcionista com as encomendas -, conta.

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Assim como Karol, o analista de sistemas Rodrigo Maia Orlandi, de 30 anos, também percebeu que o mercado tem espaço para as atividades preferidas na hora do lazer. Surf, trilhas e as habilidades audiovisuais que moldou trabalhando com edição de comerciais garantiram a sacada que está fazendo a renda se multiplicar: ser fotógrafo de esportes.

– Meus cálculos sinalizam a consolidação do projeto no mercado daqui um ano e meio. No meu caso, dependo muito de investimentos grandes em equipamentos. Estou colhendo o resultado aos poucos -, explica.

Independentemente da área de atuação dos aspirantes a empresários, o objetivo é o mesmo: usar o tempo livre para ganhar dinheiro.

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– Esse esquema é ainda o mais comum entre os microempresários que se destacam no mercado. Eu mesmo fiquei quatro anos me dividindo entre o emprego fixo e o hobby que queria investir -, afirma Gean Dombroski Corrêa, presidente da Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa (Ajorpeme) que atualmente tem uma empresa de informática.

Mas é preciso muita dedicação para conciliar dois empregos. Usar a atividade de lazer para ganhar dinheiro pode ser uma faca de dois gumes. É necessário continuar sendo bom durante a carga horária do emprego, que garante a renda fixa, e no hobby, que tem potencial de crescimento.

– Se ele se tornar um profissional defasado, corre risco de perder a vaga -, explica Corrêa.

A preocupação pela excelência em todas as partes da vida profissional é frequente para os dois empreendedores. Karollyne quer cursar pós-graduação e tentar encontrar um emprego em sua área. Rodrigo não se cansa em acumular especializações no segmento em que trabalha. Eles já entenderam o ritmo da dupla jornada e acreditam que conseguem manter o capricho nas duas funções. Até porque o dinheiro a mais faz brotar a disposição.

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