A União Industrial da Província de Buenos Aires (UIPBA), que representa os empresários da capital e região, informou que apoia a estratégia de defesa da indústria nacional em reação à decisão do governo do Brasil em suspender as licenças não automáticas para a venda de automóveis e autopeças.

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Para a entidade, a medida pode prejudicar e desequilibrar o Mercosul, segundo informações da agência pública de notícias da Argentina, a Telam. A medida foi tomada no último dia 12 e, desde então, uma série de negociações entre argentinos e brasileiros busca um acordo para o setor.

Ontem, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, negou a existência de uma crise entre Brasil e Argentina. Para os empresários argentinos, é necessário reagir à decisão brasileira para ‘preservar o emprego da Argentina’.

– O Brasil sempre subsidiou e promoveu suas exportações – afirmou o presidente da UIPBA, Osvaldo Rial, em nota.

Rial disse que o governo do Brasil deve reconsiderar a decisão sobre a entrada de produtos oriundos da Argentina. Segundo ele, a expectativa é que por meio do diálogo, as autoridades argentinas e brasileiras superem o conflito bilateral.

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– As restrições afetam não só a indústria automotiva, mas todo os setores, que integram parte da cadeia de abastecimento, a maioria das quais são peças de automóveis – disse.

De acordo com ele, a concessão de licenças não automáticas segue os acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC) para proteger a indústria local.