Um projeto de dois jovens empreendedores de Balneário Camboriú promete levar a um passeio de asa-delta quem não tem coragem de tirar os pés do chão. Lennon Bisolo e Franco Gonçalves, sócios da Rilix, empresa de entretenimento em realidade virtual, desenvolveram um simulador de asa-delta responsivo – que atende aos comandos do condutor – e com mais de 20 cenários à escolha. É o primeiro protótipo desse gênero produzido no Brasil.
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O produto, que acaba de ser lançado para o mercado, ainda está em fase de ajustes. A barra de comando, por exemplo, ganhará uma nova versão em alumínio, mais leve, e a empresa trabalha na montagem dos cenários que estarão disponíveis no modelo final.
Para Bisolo, responsável pelo processo criativo da marca, o simulador representa uma nova aventura da Rilix, por um projeto mais ousado. Criar uma asa-delta de realidade virtual sempre foi seu desejo. Foi esse, inclusive, o tema da primeira experiência de realidade virtual desenvolvida por ele, em 2013.
Na época, sem grandes pretensões, o simulador foi levado a uma feira de anime, em Itajaí, e virou sucesso absoluto: diante da fila de interessados em experimentar, os sócios perceberam que poderiam fazer da diversão um negócio.
– Trabalhei com games, com realidade virtual, mas nunca pensei em fazer um produto, um equipamento físico – diz.
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Criar um simulador de asa-delta tinha seus desafios. O principal era deixar que o condutor “voasse” livremente pela experiência, e fazer com que o sistema respondesse de maneira adequada.
Dos protótipos às grandes encomendas
Diante da dificuldade, os sócios resolveram apostar as fichas primeiro em um modelo que tem trajeto pré-determinado – e escolheram os simuladores de montanha-russa.
Tentaram vender o primeiro protótipo a buffets de festas infantis na região, participando de uma feira anual em São Paulo voltada a este mercado. Mesmo sem o produto completo, conseguiram as primeiras 12 encomendas, para diferentes pontos do Brasil.
A partir daí, a Rilix deslanchou. Já produziu 200 simuladores de montanha-russa, que estão em 11 países, e as encomendas não param de chegar. Mas o desejo de produzir a asa-delta permanecia, e os sócios, já experientes no modelo de negócios, conseguiram chegar a um protótipo.
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O diferencial do simulador produzido em Balneário é que, além de permitir navegação livre ao usuário, o equipamento tem comandos similares ao da asa-delta de verdade, o que torna a experiência muito mais real – espere, inclusive, “bater” em paredões de pedra no caminho se não estiver atento.
Nada que assuste: há cenários diferentes para crianças e adultos e lembrar que se está com os pés firmes no chão sempre ajuda. Os simuladores de asa-delta serão vendidos a R$ 70 mil, e a empresa está preparada para produzir um equipamento por dia quando começarem as encomendas.