O italiano Federico Rosa, agente de atletas preso há duas semanas no Quênia, foi formalmente denunciado por um tribunal de Nairobi por ter dopado a maratonista Rita Jeptoo, tricampeã da maratona de Boston, suspensa por dois anos em 2015 por uso de EPO.
Continua depois da publicidade
A AFP teve acesso a uma cópia do ato judicial que acusa Tosa de ter “conspirado para administrar uma substância proibida” à queniana.
O italiano também é acusado de ter dopado outro atleta, menos conhecido, Elijah Boit, de 30 anos, especialista dos 800 metros.
O tribunal pediu que Rosa seja mantido em detenção até segunda-feira, data da avaliação do seu pedido de liberdade provisória.
Por meio da sua agência Rosa and Associati, o empresário e seu pai, Gabriele, que vivem no Quênia, cuidam desde a década de 1980 da carreira de vários atletas quenianos de alto nível, como o atual tricampeão mundial dos 1.500 m, Asbel Kiprop.
Continua depois da publicidade
Pai e filho foram presos no dia 1º de julho, em Eldoret, onde aconteceram as seletivas quenianas para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Gabriele Rosa já foi solto, sem acusação formal.
É a primeira vez que um agente de atletas estrangeiro é preso no Quênia, poucas semanas após a aprovação da nova lei antidoping do país.
O texto foi aprovado a pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada), depois do país ser ameaçado de não disputar as Olimpíadas.
str-fal/cyb/pel/lg