“O Ranking de Competitividade Global 2013-2014, do Fórum Econômico Mundial, aponta um recuo do Brasil: caiu da 48a para a 56a posição em 2013. O índice, elaborado pelo Instituto de Administração de Lausanne na Suíça, avalia as condições de competitividade dos países e nos ajuda a entender por que o país cresce tão pouco e por que a nossa indústria está encolhendo.
Continua depois da publicidade
No Brasil, as empresas não financeiras poupam pouco, porque suas margens são baixas e são oprimidas por um sistema tributário irracional. O governo não poupa perto de 3% do PIB devido ao excesso de gastos. As famílias, por sua vez, poupam pouco por uma questão cultural e por estarem assistidas por um sistema de proteção social paternalista, cujos déficits são grandes consumidores da escassa poupança nacional. No período 2000 a 2012, a produtividade do trabalho no Brasil cresceu em média apenas 1% ao ano, contra 5,1% na Índia e 10,4% na China. E o pior, enquanto no Brasil, em 2011, para um crescimento zero de produtividade os salários reais cresceram 5,6%, no México, a produtividade aumentou 1,7% e os salários 1,8%.
No Chile a produtividade avançou 2,9% e os salários cresceram 2,5%. Para não comprometer a competitividade do país, aumentos salariais devem caminhar alinhados com a evolução da produtividade. Este fato vem fazendo do Brasil um país caro, dificulta a competitividade da indústria de transformação e compromete exportações. A retomada do crescimento passa pela recuperação da competitividade da economia, que por sua vez não virá sem aumento de investimentos e produtividade e sem gastos públicos eficientes que permitam menor carga tributária. Sem esquecer a simplificação da nossa caótica estrutura de impostos – ou favela tributária, como vem sendo chamada.“