Vivemos dias tempestuosos no que se refere à mobilidade urbana na Grande Florianópolis. Embora algumas obras estruturantes venham sendo realizadas, ajudando no desenvolvimento regional, como por exemplo a duplicação da BR-101, a Beira-Mar Continental, os elevados do Trevo da Seta, do Itacorubi e Rita Maria e a macrodrenagem de Biguaçu, elas ainda representam muito pouco perto da verdadeira avalanche migratória que tomou conta da região nos últimos anos. Não podemos pensar apenas em soluções corretivas, mas planejar o espaço urbano muitos anos à frente, de modo que possamos manter a qualidade de vida da população.

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Investimentos em infraestrutura, educação e saúde sempre foram os pilares básicos nos quais se assentou o desenvolvimento de países pelo mundo afora, como é o caso da Coreia do Sul e, mais recentemente, da China. O problema é complexo e exige várias abordagens corajosas, que só serão efetivadas se houver participação de toda a sociedade, aí incluídos os poderes Executivo (federal, estadual e municipal), Legislativo, Judiciário, ministérios públicos (federal e estadual), a mídia e a sociedade civil.

Podemos citar várias sugestões que têm saído nos jornais e vêm sendo debatidas: a retirada da Ilha de equipamentos públicos (sede administrativa do governo do Estado, terminal Rita Maria, UFSC e outros), a implementação de um transporte público de qualidade (metrô, corredores de ônibus), transporte marítimo eficiente a exemplo de outros lugares do mundo, como Sidney (Austrália). Mas tudo isso requer muita coragem e desprendimento para alcançarmos o sucesso. O certo é que a Grande Florianópolis está parando e precisamos urgentemente agir para que a qualidade de vida de nossa gente seja melhorada, dentro de um conceito amplo de sustentabilidade do planeta.