O empresário paranaense Rodolfo Forte Neto, sócio da RBR Gold Negociações Esportivas Ltda., de São José do Caiuá-PR, esteve em Chapecó nesta sexta-feira, acompanhado de seu advogado, e fez uma denúncia contra a Associação Chapecoense de Futebol.
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Em entrevista coletiva no Hotel Lang, ele mostrou uma autorização do presidente Plínio David de Nês para que intermediasse negociações de patrocínios e jogos no exterior. Para isso receberia percentual de 10% sobre o valor conseguido. Também apresentou uma cópia de contrato, mas sem assinatura. No entanto mostrou troca de emails com o clube.
Ele afirmou que buscava um contrato de US$ 36 milhões com a Qatar Airways, por três anos, que ficou em “stand by”. Disse também que teve participação no amistoso contra o Roma, em setembro, mas não recebeu comissão. Rodolfo garantiu que vai acionar a Chapecoense judicialmente.
Ele teria se sentido alijado da representação do clube em favor do advogado Fernando Albino, que seria amigo do presidente do clube.
O presidente Plínio David de Nês Filho reconheceu que o advogado é amigo de longa data e afirmou que foi escolhido por ter fluência em inglês e bagagem jurídica para representar o clube internacionalmente. Para isso receberia um percentual de 2% de remuneração.
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De Nês reconheceu que havia uma assinatura de representação nas negociações do Catar com a RBR mas que não teve resultado.
– O que nós assinamos é que ele nos representaria nas ações do Catar mas, como não teve resultado, não tiveram nada, ele também receberia sim para trazer jogos mas como não trouxe não tem direito a nada. Ele alega que tinha conversado com os italianos mas não tinha nada no contrato com a Roma – disse o presidente.
O diretor financeiro do clube, Roberto Merlo, afirmou que a Chapecoense chegou a adiantar R$ 83 mil para o empresário. E que o clube recebeu R$ 550 mil do amistoso com o Roma.
– Se ele tivesse direito a 10% do amistoso ainda ficaria nos devendo, se tem alguém devendo é ele- avaliou Merlo.
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