Um empresário de Itapema e o sogro dele foram presos em uma operação da Polícia Civil do Paraná, que teve como objetivo desarticular a organização criminosa que ambos são suspeitos de participar. O esquema, que envolveu assaltos à mão armada, consistia em vender cigarros de cargas roubadas. Mais de 10 crimes resultaram em prejuízos que ultrapassam os R$ 4 milhões.
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Delegado no Paraná, André Feltes conta que a investigação começou em abril, quando um motorista foi pego transportando carga de cigarros roubada e avaliada em R$ 500 mil. As autoridades descobriram que havia uma organização muito maior por trás do episódio.
No Estado vizinho de Santa Catarina os roubos ocorreram em seis cidades. Os criminosos costumavam monitorar a rotina dos funcionários das empresas transportadoras para planejar os ataques. Os assaltos eram feitos com o uso de armas de fogo e as vítimas eram mantidas reféns durante a ação, revelou a polícia.
O material então era vendido a cúmplices como o empresário de Itapema, que atua no ramo de tabacaria. Para o envio ao Litoral Norte catarinense, a organização usava veículos com placas clonadas e notas fiscais frias, emitidas por um dos integrantes. Depois da aquisição, o empresário revendia os produtos roubados na região.
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— Dentre os investigados estão indivíduos responsáveis pela intermediação das vendas dos cigarros roubados — explica Feltes.
Nesta quarta-feira (11), foram cumpridos 12 mandados de prisão, 12 de busca e apreensão e sete de sequestro de bens em cidades do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. As batidas dos policiais catarinenses foram em Balneário Barra do Sul, Navegantes e Itapema. No total, cinco pessoas foram presas no Estado.
Entre elas o empresário em Itapema e o sogro dele em Navegantes. Na casa do segundo homem foram encontrados cigarros eletrônicos e convencionais, a princípio frutos de contrabando. Por isso, o morador foi preso em flagrante por receptação e crimes contra a relação de consumo, já a venda de cigarros eletrônicos não é permitida.
Outros três catarinenses foram presos nesta quarta, mas detalhes sobre eles não foram divulgados. O empresário e eles devem responder por delitos como receptação e associação criminosa. Em Itapema, R$ 112 mil foram apreendidos.
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