Como empresários e brasileiros somos acometidos de sentimentos diversos. Ora, enxergando a potencialidade do país, somos impulsionados a investir nossas energias para o desenvolvimento dos empreendimentos. Ora, sentindo que a potencialidade não está sendo aproveitada em sua plenitude, refreamos nossos ímpetos e a nação como um todo fica alijada das benesses de um desenvolvimento pleno.

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Vivendo esse paradoxo, outro sentimento nos aflige. Não é propriamente um sentimento. Falo da ação da reflexão: por que tão agraciados das dádivas da natureza, da miscigenação do povo, não somos competentes em nos utilizarmos disso para um patamar de desenvolvimento que nos equipararia as potências mundiais? Quando reflito sobre isso, me ocorre só uma resposta: falta-nos como nação, planejamento. No período ditatorial, com a sociedade à margem das decisões, não pudemos discutir qual o futuro que queríamos para o país. Em outro, no qual o caos inflacionário norteava nossas ações, falar em planejamento soaria como um desatino.

Mas e agora? O que nos impede de almejar uma nação de fato econômica e socialmente desenvolvida quando temos instituições consolidadas e estabilidade financeira? Devemos projetar o futuro, condizente com a nossa potencialidade. Daí a necessidade de planejarmos. Devemos buscar de forma pragmática nossos anseios de nação desenvolvida. Evitando interferências que só atendem a uma minoria num determinado momento.

Feito isso, mostraremos onde queremos chegar e apresentaremos ao mundo que vigora no país uma economia de livre mercado. Que o país é porto seguro para investimentos, com segurança jurídica. Com isso, haverá desenvolvimento, pesquisa e inteligência nos produtos e serviços, pois atuaremos forte em educação para fomentar a inovação, a nova corrida para a supremacia internacional.”

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