A empresa Chaordic, dirigida pelo joinvilense Anderson Nielson, começou no mercado em 2009, lançando um sistema pioneiro no País que recomenda produtos aos usuários de lojas virtuais.
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Sem utilizar informações vindas de cadastro, a equipe mapeia em tempo real as preferências dos consumidores e apresenta, na página de clientes, produtos similares que possam lhes interessar.
Negócios como a catarinense Chaordic, que fica em Florianópolis, estão ganhando espaço no mercado nacional.
O Brasil está se tornando um celeiro de startups, organizações de base tecnológica que buscam um modelo de negócio capaz de ser reproduzido em larga escala e, principalmente, ser inovador no mercado.
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O aumento dos recursos móveis, a facilidade em contratar banda larga e a consequente popularização da internet baixaram o custo da tecnologia e permitiram que as startups tivessem resultados positivos.
Ainda assim, o ambiente próspero só contribui para quem tem experiência no mercado de trabalho, lê muito sobre o tema e dá garantias de que as ideias inovadoras serão lucrativas para os investidores.
Nei Grando, organizador do livro “Empreendedorismo Inovador – Como Criar Startups de Tecnologia no Brasil”, conta que há duas fases principais de uma startup.
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A primeira é a de aprendizado, em que a equipe desenvolve a ideia inovadora, a conecta com o mercado consumidor, identifica o cliente em potencial e testa o produto ou o serviço por um período curto de tempo, preocupada em ter retorno sobre sua funcionalidade e o uso da inovação.
A segunda é a de execução, em que o produto foi melhorado segundo as necessidades informadas pelos consumidores, tem garantias de que será comprado pelos clientes e está pronto para que investidores o escolham, até porque ninguém aplica em um projeto que não esteja estruturado.
– Uma ideia não vale nada sem sua execução. Antes, deve existir uma fase de experimentação no mercado e de validação do produto -, afirma Grando.
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No caso da Chaordic, a ideia já existia no exterior, em sites da Amazon e da Netflix, mas por aqui teve de ser adaptada aos moldes dos consumidores brasileiros.
– O grande desafio é conseguir dinheiro para se dedicar ao negócio, porque é preciso parar de trabalhar em outros locais para empreender -, conta o diretor.
Assim que foi fundada, a startup catarinense conseguiu investimentos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do governo federal, e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
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Em 2010, um investidor privado aplicou dinheiro quando o modelo de negócios já era bem-sucedido.
– Uma dica aos novos empreendedores é escolher fundo de investimento que tenha algum alinhamento entre o negócio e os interesses dos investidores -, diz Nielson.
O Brasil conta com dez mil startups e a projeção é de duplicar até 2014, de acordo com dados de outubro da Associação Brasileira de Startups (ABS). Atualmente, há cerca de 5 mil investidores-anjos que injetam de R$ 20 mil a R$ 1 milhão por negócio.
Grando ressalta que uma das confusões sobre startups é acreditar que todo fundador é universitário, ainda que a maioria das incubadoras receba startups compostas por equipes jovens.
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A ABS identificou que à frente das startups há dois perfis de empreendedores: o jovem universitário, de 20 a 23 anos, vindo de cursos tecnológicos, administração e marketing, de classe média e que mora com os pais, e o profissional que já tem estabilidade financeira, tem de 30 a 40 anos, com formação nas mais variadas áreas e morador de grandes centros.
O que é startup?
Startup é uma empresa nova, até mesmo embrionária ou ainda em fase de constituição, que conta com projetos promissores ligados à pesquisa, à investigação e ao desenvolvimento de ideias inovadoras.
Por ser jovem e estar implantando uma ideia no mercado, outra característica das startups é ter risco envolvido no negócio. Mas, apesar disso, são empreendimentos com baixos custos iniciais e altamente escaláveis, ou seja, têm uma expectativa de crescimento grande quando dão certo.
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Algumas empresas já solidificadas no mercado e líderes em seus segmentos, como Google, Yahoo! e eBay, também foram consideradas startups. Essas empresas, normalmente de base tecnológica, têm espírito empreendedor e uma constante busca por um modelo de negócio inovador.
É a maneira como a startup gera valor – ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro. Um exemplo é o modelo de negócio do Google, que se baseia em cobrar por clique nos anúncios mostrados nos resultados de busca.
Outro exemplo seria o modelo de negócio de franquias: o franqueado paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de sucesso com suporte do franqueador – e, por isso, aumenta suas chances de gerar lucro.
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Empresas que criam modelos de negócio com alto potencial de crescimento, a baixos custos e a partir de ideias inovadoras são startups. Esses negócios não são somente empresas de internet. Só são mais frequentes na web porque é bem mais barato criar uma empresa de software do que uma indústria.