Andrews Roberto da Silva é um daqueles sujeitos que se depara com um problema, inventa a solução e a transforma em negócio. Morador de Jaraguá do Sul, ele ficava preocupado com a segurança de sua casa nos períodos de ausência. Aluno de um curso de informática, não demorou para desenvolver o sistema de automação residencial para controlar os principais comandos, como abrir portas e janelas, acender a luz e ligar os equipamentos eletrônicos. Tudo pelo celular.
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Em fase de protótipo, o projeto deve chegar ao mercado no final de 2015. Os amigos que o ajudaram com a compra de equipamentos e com o conhecimento em eletrônica e programação podem se tornar futuros sócios se o negócio vingar. Outro grande empurrão vem da forma como ele atua.
Aos 27 anos, Andrews é proprietário da Uptime Tecnologia, uma das empresas que operam no Centro de Inovação e Pesquisas Tecnológicas-Jaraguatec, incubadora localizada no campus da Católica de SC. O local fornece orientação e infraestrutura para novos negócios inovadores com baixo custo. Lá, Andrews já desenvolveu e colocou no mercado um servidor de controle de acesso à internet para empresas, e agora aposta no desenvolvimento de um sistema de automação residencial que promete ser mais simples e barato que o de seus concorrentes.
O empreendedor diz que as soluções atuais custam em torno de R$ 100 mil e não são compatíveis com todos os itens residenciais disponíveis, o que acaba obrigando o proprietário a comprar soluções completas com o fornecedor. O sistema dele, porém, requer que o proprietário do imóvel tenha apenas celular com serviço de internet 3G e GPS. Dentro de casa, basta ter banda larga, sensores de movimento nos cômodos e adquirir a placa eletrônica desenvolvida por ele, do tamanho de um cartão de crédito.
Para quem ainda vai construir o imóvel, a opção que utiliza conexões por fios é a ideal porque custa metade do preço da solução sem fio – e os trabalhadores já estão mexendo na fiação. Se a casa está pronta, a opção sem fio dá menos trabalho. Hoje, Andrews estima que o sistema com fio custará em torno de R$ 10 mil – ou seja, um décimo do valor dos principais concorrentes.
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Na incubadora, a torcida é para que o negócio dê certo. A Jaraguatec sobrevive com orçamento de R$ 70 mil, proveniente de convênio com a Prefeitura. A geração de receita e de conhecimento para o município é a contrapartida esperada em ambientes como este que estimulam a inovação.