A Polícia Civil iniciou a investigação de um suposto crime de estelionato cometido por um empresário do ramo de móveis em Chapecó. O homem era proprietário de uma loja no Centro do município e uma fábrica no bairro Efapi. Até o momento, mais de 20 boletins de ocorrência foram registrados contra ele.
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Conforme mencionado nos registros policiais, as vítimas tiveram danos diversos, como o pagamento por mercadorias não entregues, serviços de fabricação de móveis não concluídos após pagamento e recebimento de móveis com defeitos não resolvidos. A Polícia Civil estima que o prejuízo financeiro pode chegar à casa dos R$ 5 milhões. No entanto, a suspeita é de que número de vítimas seja ainda maior.
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Além de clientes, fornecedores e instituições financeiras que foram lesadas pelo empresário, os funcionários da empresa também registraram BO. Eles foram surpreendidos na última semana com o “desaparecimento” do empresário, que fechou a loja e a fábrica sem acertar pagamentos atrasados como salários, férias e comissões.
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A Polícia Civil também investiga a ação das vítimas, que depredaram a sala comercial no Centro após o sumiço do proprietário. Uma cliente chegou a jogar o carro contra a entrada do espaço, quebrando a vidraça da fachada.
Nota oficial
O caso repercutiu nas redes sociais com a manifestação de diversos clientes que foram prejudicados pelo ocorrido e buscavam explicações.
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Diante das expressões de revolta, o advogado Alexssandro Menezes, que representa a empresa, emitiu uma nota oficial sobre o caso:
“A Empresa Visual Móveis, vem a público posicionar-se a respeito das notícias veiculadas a seu respeito.
A Visual Móveis atua em Chapecó há aproximadamente 10 anos e sempre prezou por sua boa imagem agindo com retidão com os clientes, fornecedores e funcionários. Quanto aos sócios, estes encontram-se afastados da empresa pois receberam ameaças concretas de morte. No que se refere a inatividade, esta ocorre diante do caos instaurado pela depredação e furtos ocorridos na sede da empresa. Até sexta-feira dia 12/04, a empresa tinha suas operações normais, comprando, produzindo, atendendo clientes, negociando com fornecedores etc., mesmo enfrentando situação financeira temporariamente difícil. No entanto, no sabado pela manha, dia 13/04, um individuo, qual já se tem conhecimento, invadiu a empresa com seu carro danificando seriamente a fachada (de vidro) e após isso o show room foi saqueado. Em virtude da fachada danificada, foram colocados tapumes até o conserto, e na segunda-feira, dia 15/04, um fornecedor, com o seu caminhão (emblema da empresa), por liberalidade, sem qualquer autorização judicial ou da empresa, carregou as máquinas da fábrica. E quando os representantes da empresa chegaram ao local depararam-se com a fábrica sem suas máquinas, como também, itens do show room e decoração também furtados. A empresa possuí fotos e vídeos do que afirma. Ademais, a Visual é vítima da situação provocada pelos autores das condutasilícitas de arrombamento e furto, entende plenamente a situação de todos os demais prejudicados, e estuda conclamar seus procuradores para, através do poder judiciário, buscar a responsabilização cível e penal dos autores. Tais situações já foram reportadas as autoridades competentes (polícia civil e militar). Os salários dos funcionários seriam pagos nesta semana, no entanto, não o foram em razão do referido caos. O departamento jurídico da empresa encontra-se em negociação com os advogados dos trabalhadores para resolver eventuais pendencias. Outrossim, a empresa estuda alternativas jurídicas diante da situação instaurada”, diz o comunicado.
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