A responsabilidade pela morte de Cristhiane Felício, 33 anos, asfixiada pelo marido durante uma briga, será apurada nesta quarta em Joinville, quando será julgado o empresário Darci Venâncio Rosa Filho, o Juca, 35. Ele responde pelo crime de homicídio qualificado desde o ano passado. Preso em flagrante, ficou cerca de um mês no Presídio Regional de Joinville.

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Darci deixou a prisão após pagar fiança de R$ 22 mil. A prisão preventiva foi decretada pelo Tribunal de Justiça de SC em abril deste ano. Como a polícia não encontrou o empresário, ele foi considerado foragido por dez dias, até que a defesa obteve a liminar para mantê-lo solto. Desde então, aguarda o júri em liberdade com o apoio da liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O crime ocorreu em 14 de junho de 2011, no apartamento do casal, no bairro Santo Antônio. Segundo a denúncia do Ministério Público, Darci havia saído para jogar pôquer com amigos. Ao chegar em casa, por volta de 23h30, a discussão com a mulher começou, até acabar na morte dela. Cristhiane estava em casa com os filhos – gêmeos que, na época, tinham cinco meses.

Citada na decisão pelo julgamento por júri popular proferida pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Gustavo Henrique Aracheski, a defesa do empresário afirma que ele agiu em sua defesa e dos filhos, a que Cristhiane teria ameaçado.

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O juiz considerou que as provas mostraram “o ambiente domiciliar conturbado”, mas não aceitou a justificativa. Para manter o empresário livre até o julgamento, o STJ acatou o argumento de que ele não representaria perigo à sociedade. O tribunal citou o fato de o empresário ter acionado socorro e não fugido do crime.