O empresário de Santa Catarina que foi preso preventivamente na quinta-feira (23) por ser acusado de ter drogado e estuprado uma jovem de 20 anos em Florianópolis é também investigado por supostas ameaças à ex-mulher e práticas de violência contra as filhas de ambos. A defesa dele diz que os fatos são inverídicos e que a inocência dele será comprovada em breve.
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As novas suspeitas foram destacadas pela Justiça ao justificar a prisão dele. Em seu despacho, o juiz Rafael Brüning afirma ter identificado boletins de ocorrência que relatam episódios de perseguição e ameaça do empresário André Luis Galle Dal Pra à ex-esposa. Ele também teria ameaçado por meios virtuais, inclusive de morte, a babá das filhas do ex-casal e o atual namorado da ex-companheira.
O histórico do empresário evidencia a periculosidade social dele, embora ainda seja réu primário, segundo relata o juiz da 4ª Vara Criminal da Comarca de Florianópolis no despacho obtido pelo Diário Catarinense. O processo que motivou a prisão corre sob segredo de Justiça, de crime que teria ocorrido em 2019, no Norte da Ilha.
A prisão preventiva atendeu a um pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), que identificou que o acusado atuava para atrapalhar a investigação. Ele tentou aliciar uma testemunha do caso para alterar o depoimento dela, segundo destaca o juiz.
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O magistrado escreve ainda que o empresário já tinha viagem agendada para o exterior, o que poderia facilitar uma eventual fuga, o que o MP-SC já havia alertado.
O mandado de prisão foi expedido na quarta-feira da semana passada (15), mas só acabou cumprido oito dias depois. Na ocasião, o acusado já foragido foi encontrado pela Polícia Civil em um hotel em São Paulo. Ele foi encaminhado ao sistema prisional local e aguardava transferência para Santa Catarina.
Ainda no dia da prisão, o advogado Osvaldo Duncke, que atua em defesa do acusado, afirmou que o empresário passaria por audiência de custódia nesta sexta (24), onde pediria a soltura dele, e que não faria maiores manifestações devido ao processo correr em segredo de Justiça.
Em novo contato com o Diário Catarinense, ele reiterou a condição sigilosa do caso e negou os supostos episódios que vieram agora a público.
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“A defesa recebeu com surpresa as notícias que foram veiculadas na imprensa, tendo em vista que o processo tramita em segredo de justiça. Informamos que, por respeito ao judiciário, apenas nos manifestaremos nos autos, mas que em breve ficará comprovado que os fatos narrados são inverídicos e que será demonstrada a inocência do acusado”, escreveu, em comunicado à reportagem.
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