O potencial turístico de Santa Catarina é reconhecido em todo o Brasil e esta vocação está sendo explorada, paulatinamente, ao longo dos anos. Mas, apesar do esforço de todos os segmentos deste setor, a Grande Florianópolis tem muito a crescer e evoluir. Na região continental, a borda d’água – termo usado por arquitetos para designar o litoral – é pouco explorada. Palhoça, São José e Biguaçu podem gerar eventos esportivos, gastronômicos e culturais, já que a cultura de base açoriana da região está ligada ao litoral. As cidades podem sediar esportes náuticos – motonáutica, vela, jet ski e o surfe na Guarda do Embaú – ou com bola, que podem ser feitos nos ginásios da região.
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Tais eventos podem ter cunho social e serem voltados para pessoas de todas as idades e classes sociais, inclusive ao público A e AA. Santa Catarina recebe cerca de 150 mil turistas por ano e movimenta R$ 400 milhões. Os números são satisfatórios, mas poderiam ser melhores uma vez que o Estado é um dos principais destinos turísticos do Brasil. E os eventos esportivos têm grande participação nessa fatia. De diversas modalidades, eles geram dividendos para o Estado em toda cadeia produtiva, desde empregos diretos e indiretos entre os prestadores de serviço até aumento de faturamento da rede hoteleira e restaurante da região.
Algumas modalidades voltadas à classe A ganham força no Estado, como o golfe. Devido a diversos fatores voltados ao crescimento econômico, que movimentam cerca de R$ 500 milhões por ano no Brasil, o golfe é o esporte que mais cresce no mundo: 10% ao ano. As modalidades que Santa Catarina já têm tradição em sediar com grandes campeonatos – como surfe, automobilismo, vôlei, motocross e automobilismo – pavimentaram o caminho para que este esporte também se desenvolva em território catarinense. Um evento de grande porte pode demandar mão de obra de mais de 50 segmentos da economia, como transporte, hospedagem, lazer, alimentação, comércio e demais serviços especializados.
No total, o turismo relacionado ao esporte movimenta cerca de R$ 4,8 bilhões anuais. O turista de eventos gasta em média três vezes mais do que o de temporada. A permanência fica entre três ou quatro dias, mas é o suficiente para injetar na economia da capital catarinense mais de R$ 100 milhões anualmente.
Para que todo este potencial seja explorado, é necessário que haja arrojo político e que as cidades se integrem, formem uma região metropolitana forte e pujante, de acordo com o conceito de cidades criativas da Unesco, que acredita que eventos turísticos e esporte são a mola propulsora de dsenvolvimento econômico das cidades turísticas.
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