A empresária Camila Mendonça Marques, de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, virou ré no processo que apura os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou por oito votos a dois a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 250 pessoas que teriam participado da depredação dos Três Poderes.

Continua depois da publicidade

Saiba como receber notícias do NSC Total no WhatsApp

Camila foi detida em flagrante durante os atos, segundo o Supremo. Além disso, após a invasão, imagens da empresária foram divulgadas nas redes sociais após os ataques. Ela tem 35 anos e aparece como sócia de um comércio varejista de materiais de construção.

STF inicia desafio de analisar mais de mil denúncias de atos golpistas; entenda o julgamento

Em março, ela teve a prisão revogada. Ao g1, o advogado Henrique Falchetti, que faz a defesa dela, informou que ela teria que cumprir medidas cautelares diversas da prisão. A revogação ocorreu por virtude da mulher ser a única responsável por dois filhos menores de idade.

Continua depois da publicidade

O NSC Total entrou em contato com o advogado a respeito da acusação, mas não teve retorno até a publicação.

Até o momento 550 pessoas já foram acusadas de participação nos atos antidemocráticos. Entre eles, o músico e morador de Blumenau, Angelo Sotero de Lima, de 57 anos; e Oziel Lara dos Santos, de 33 anos, candidato a deputado estadual por Santa Catarina nas últimas eleições.

Mais 250 denúncias são analisadas

Na terça-feira (9), o STF iniciou uma nova rodada de análise de denúncias para tornar réus mais 250 pessoas por participação nos atos de 8 de janeiro. Este é o quarto conjunto apresentado pela Procuradoria-Geral da República.

A análise dos casos ocorre no plenário virtual, onde os ministros depositam os votos em uma página do STF na internet. A deliberação termina em 15 de maio. Nesta etapa, os ministros julgam:

Continua depois da publicidade

  • 225 denúncias contra incitadores e autores dos atos golpistas;
  • 25 denúncias contra executores do vandalismo.

Os denunciados são acusados dos crimes de:

  • associação criminosa armada
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • golpe de Estado
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima
  • deterioração de patrimônio tombado

Se aceitas, eles passam a responder a uma ação penal na Corte, em que poderão apresentar defesas e provas no curso do processo. Até o momento, foram concluídas três deliberações:

  • o primeiro, de 18 a 24 de abril, quando a Corte decidiu que 100 denunciados passariam a responder a ações penais
  • o segundo, de 25 de abril a 2 de maio, quando mais 200 denunciados se transformaram em réus
  • o terceiro, de 3 a 8 de maio, quando foram analisadas as situações de 250 denunciados

Continua depois da publicidade

*Com informações do g1

Leia também:

Confira o perfil dos 70 catarinenses presos nos ataques golpistas em Brasília

Quem é “Fátima de Tubarão”, catarinense presa em operação contra atos golpistas no DF