Foi publicado na noite desta quinta-feira (20) o vídeo de uma empresária de Itapema pedindo desculpas após fazer stories sobre o votos dos nordestinos no primeiro turno das eleições. A retratação pública foi determinada pelo Ministério Público do Trabalho após Jacira Paula Revers Chiamenti, dona de uma contabilidade, assinar um Termo de Ajuste de Conduta para o caso não ser levado à Justiça.

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Na gravação divulgada pela empresária no dia 2 de outubro, logo após a apuração dos votos, a mulher chama os nordestinos de desgraçados e faz um apelo aos comerciantes: “Esse povo da Bahia que vota no Lula e depois cai aqui na nossa cidade pedir emprego, fechem as portas das empresas de vocês”, diz Jacira. A fala configura assédio eleitoral e é uma das 85 denúncias do tipo que o Ministério Público do Trabalho já recebeu em SC.

A nova gravação da empresária começa com ela pedindo desculpas a todos que possam ter se sentido ofendidos com as “falas equivocadas” do vídeo publicado no começo do mês. As imagens não mostram, mas aparentemente, Jacira está lendo o texto, no qual diz que assédio eleitoral é crime. E continua: 

— Não é admissível que um escritório de contabilidade, como eu sou, orienta, influa ou constranja qualquer empregador ou trabalhador a votar ou não votar em qualquer candidato, bem como consitui crime que sejam discriminados trabalhadores de qualquer região do Brasil. 

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Veja vídeo com pedido de desculpas 

Penalidade no bolso também 

Além do vídeo, a empresária também vai precisar pagar uma indenização por dano moral coletivo, no valor de R$ 25 mil. O dinheiro será usado para custear uma campanha de conscientização política direcionada aos empregadores, por meio das principais emissoras de rádio da região de Itapema.

São R$ 16.208,00 para a inserção de três spots diferentes produzidos pela Procuradora Geral do Trabalho, divididos em 120 espaços de um minuto cada, de 24 a 28 de outubro.  Os outros R$ 8.792,00 serão direcionados para um projeto social da Associação Rede com a Rua, de Florianópolis.

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