Recorrer ao serviço de aluguel de roupas para “renovar” o guarda-roupas e não gastar muito em casamentos e formaturas é uma prática bastante comum hoje em dia. Mas o processo que antes consistia em ir a uma loja especializada, olhar e provar a roupa agora pode ser abreviado por um clique. É o que propõe o site Same no More, criado pela publicitária Nathalia Souza, em Florianópolis. Na tradução literal, significa ” O Mesmo Nunca Mais”, ou seja, um adeus à mesmice.

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– Fui a pioneira no Brasil em aluguel online de roupas para ocasiões especiais. As pessoas costumam pagar caro por vestidos de festa diferenciados e, em geral, usam uma vez só. Com o site, as pessoas não ficam com a peça ociosa e podem variar os modelos, sem pagar muito – diz Nathalia, que conta com a ajuda de um sócio, o publicitário Érico Scorpioni, e duas funcionárias para o atendimento na loja.

A ideia surgiu quando a mãe de Nathalia viu uma matéria na televisão sobre aluguel de brinquedos em São Paulo. A jovem de 24 anos viu aí uma oportunidade para a área de moda. A iniciativa, que começou há um ano, já rende bons resultados. No início eram cerca de quatro aluguéis de peças por mês. Agora são cem.

Além disso, há duas semanas, o Same no More inaugurou uma loja-conceito para que as clientes possam ver e provar as peças no Centro de Florianópolis. E os planos não param por aí. Conforme Nathalia, a expectativa é estender os aluguéis para outros Estados até o fim do ano. A empresária conta que já realizou negócios em São Paulo, Rio de Janeiro e até Pará.

As clientes, que costumam ter entre 15 e 30 anos, podem retirar a peça na loja ou receber em casa, com frete a partir de R$ 12 em Florianópolis. Os valores das roupas variam bastante e podem sair entre R$ 38 e R$ 970. Nathalia enfatiza que não aluga “trajes”, mas roupas diferentes para ocasiões especiais como casamentos e festas em geral.

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O acervo virtual começou com 50 pecas e incluía roupas da própria Nathalia e de algumas blogueiras que apoiaram o projeto. Atualmente, ela calcula ter entre 350 e 500 peças, resultado de três idas a Nova York e contribuições de pessoas que disponibilizam roupas que não usam mais.

– A peça tem que ter perfil da loja e a dona ganha até 40% do valor cobrado pelo aluguel – diz.

O sócio fundador da WebStorm, empresa especializada em e-commerce, Eduardo Aguiar, explica que antes de montar uma loja virtual é essencial ter planejamento.

– Não significa apenas ter o sistema. É preciso oferecer qualidade no produto, preço e vantagens competitivas – avalia.

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Ele cita que o setor de moda e vestuário tem potencial para crescer ainda mais no comércio eletrônico.

>>>Dados do setor

No primeiro semestre de 2013, o comércio eletrônico brasileiro cresceu 24% em relação ao mesmo período de 2012 Como resultado, alcançou faturamento de R$ 12,74 bilhões No ranking das categorias mais vendidas estão: Moda & Acessórios (13,7%), Eletrodomésticos (12,3%), Cosméticos e Perfumaria, Cuidados Pessoais e Saúde (12,2%), Informática (9%) e Livros, Assinaturas e Revistas (8,9%)

Fonte: E-bit, empresa especializada em informações do setor