Você já viu e ficou vidrado: um protótipo que simula o corpo humano prestes a se chocar violentamente contra o painel de um carro, até que o airbag se abre. Acontece que a imagem não é só impactante para quem a vê, mas também para a empresa que banca uma série de testes iguais para garantir ao máximo a qualidade do produto.

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A empresa ESSS (fala-se E3S), de Florianópolis, ganhou o mercado mundial ao desenvolver um software que simula em 3D situações reais de engenharia, como a dos airbags, no mundo virtual, mas com o benefício de os clientes não precisarem investir em protótipos.

Metade do mercado da empresa está no setor de petróleo e gás, área em que atua o maior cliente da ESSS: a Petrobras. É para a estatal que a equipe desenvolve soluções como acompanhar em tempo real a perfuração de um poço, por exemplo, comparando o que deveria acontecer, segundo as projeções, e o que está acontecendo de fato.

O presidente da ESSS, Clovis Maliska Jr., conta que o negócio cresce 42% ao ano desde a criação há 12 anos. Parte desse crescimento se mantém porque ela expandiu a atuação para cinco países além do Brasil.

Ser líder de mercado exige mais esforço

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Assim como outras empresas de tecnologia que surgiram em Florianópolis, a exemplo da Agriness e da Arvus, a ESSS é líder nacional no seu segmento. Se por um lado a posição é sinônimo de prestígio, por outro, manter-se neste patamar requer mais esforço. O presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia, Guilherme Bernard Stark, comenta que a solução muito escolhida pelos empresários de SC, neste caso, é desenvolver outra tecnologia para o mesmo mercado.

– Outra medida é desenvolver produtos com novas funções, a partir do produto-base, que acabam mantendo a empresa em posição de destaque, ou buscar o mercado externo. Uma empresa que é referência no Brasil tem boa oportunidade de se consolidar em outro país.