Um projeto de metrô de superfície que utiliza extensões das pontes Pedro Ivo Campos e Colombos Salles, em Florianópolis, deve ser apresentado nesta terça-feira ao governador Raimundo Colombo.

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A ideia da empresa portuguesa de consultoria de transportes Logistel surge três meses após o Estado ter recebido 12 propostas para a quarta ligação Ilha Continente, por meio de Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI).

A sugestão partiu da Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis. O representante da pasta, Renato Hinning, conheceu o trabalho da empresa e viajou para Portugal para conhecer o sistema, que lá é utilizado há anos.

Hinning pediu um projeto conceito, que prevê três alternativas de ampliação das pontes para receber o metrô de superfície. Uma das ideias é acrescentar uma faixa nos lados mais externos das duas pontes (lado direito da Pedro Ivo e esquerdo da Colombo Salles, no sentido de quem vem para a Ilha), a outra opção seria juntar o vão entre as duas travessias em elevado ou, a preferida dos especialistas, que é unir o vão no mesmo nível das pontes.

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O metrô de superfície, ou veículo leve sobre trilho (VLT) é um pequeno trem urbano, geralmente movido a eletricidade. Seu tamanho permite que sua estrutura de trilhos se encaixe no meio urbano existente.

Conforme a Secretaria de Desenvolvimento Regional, o projeto, orçado em 750 milhões de dólares – perto de R$ 1,5 bilhão -, prevê inserir o metrô de superfície nos principais trajetos de Florianópolis , como a Beira-Mar Norte, Avenida Mauro Ramos e a BR-282 (Via Expressa), incluindo o trecho na cidade de São José.

Pelo plano, o sistema pode receber uma média de 12 mil passageiros por hora e seria interligado com terminais de ônibus e estações de estacionamento de carros. Em uma segunda etapa, pode-se estender para Biguaçu e Palhoça.

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Essa não é a primeira proposta de metrô de superfície na cidade. Em maio de 2011, o governo do Estado assinou um contrato de R$ 6,44 milhões com a Prosul, empresa que faria o estudo de viabilidade do projeto, que passaria sobre a a Ponte Hercílio Luz.

Diversos projetos foram apresentados ao governo nos últimos dois anos. Tanto que agora em 2012, o Estado resolveu normalizar e criar uma espécie de concurso. A escolha foi pela PMI, uma modalidade em que os custos da elaboração dos projetos é direcionado para o vencedor da licitação da obra, sem custos para o governo.

Em julho, foram apresentadas as 12 propostas de quarta ligação entre Ilha Continente. As ideias apresentadas tinham esboços de obras com custos entre R$ 500 milhões a R$ 2 bilhões e parte delas previam pedágio. Dois deles previam construir uma ponte para carros e ônibus no vão entre a Pedro Ivo e Colombo Salles.

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Em setembro deste ano, o governo daria o sinal para a segunda etapa da PMI, que era a de detalhar projetos, o que acabou ficando para depois das eleições municipais.