As situações mais frustrantes envolvendo os celulares são também as que não possuem garantia para conserto do aparelho. A quebra da tela, uma das mais comuns entre os consumidores, não dá direito à troca da peça de forma gratuita, já que os fabricantes só consertam o produto quando ele vem com defeito de fábrica. Nesses casos, nem a garantia estendida resolve, uma vez que se baseia nos mesmos requisitos do contrato original.

Continua depois da publicidade

A brecha de mercado e as reclamações dos consumidores fez com que surgisse o Clube Pitzi, empresa criada em São Paulo e que na semana passada inaugurou seus serviços em Santa Catarina. A empresa fornece uma espécie de garantia para os celulares, a partir da internet – seja o aparelho novo ou usado. Para ter acesso ao serviço, o interessado se inscreve no site da empresa e paga um plano mensal. E com a mesma facilidade com que o cliente resolve entrar no plano, ele pode sair, sem multas contratuais.

De acordo com Daniel Hatkoff, sócio-diretor do Clube Pitzi, a procura dos catarinenses pelo serviço foi tão alta pelas redes sociais Facebook e YouTube que o negócio se tornou disponível para o Estado.

– O grande diferencial da empresa é que protegemos o celular em caso de acidente. Caso o usuário foi para a praia, em Florianópolis, e deixou o celular cair na água, nós o consertamos.

Continua depois da publicidade

Plano custa de R$ 5 a R$ 15 mensais para maioria dos aparelhos

Para ter acesso aos serviços do clube, o proprietário de um celular deve se cadastrar no site da empresa e discriminar o modelo do seu aparelho. É o tipo de celular que vai definir o preço mensal do plano – que varia de R$ 5 a R$ 15 para a maioria dos celulares, em Santa Catarina, e cobre reparos na bateria, teclado e defeitos do celular. Em caso de acidente, como a quebra da tela do smartphone, é cobrado um valor adicional de R$ 75.

Pela internet, o cliente faz o contato com a empresa e solicita o serviço de Sedex para que o aparelho seja enviado para São Paulo, onde será consertado. Hatkoff afirma que o correio é pago pela empresa e que o tempo longe do eletrônico é de, no máximo, 10 dias.

– Mas intenção é devolver bem mais rápido. Em São Paulo, estimamos a devolução do produto em até cinco dias, mas devolvemos, geralmente, em até dois.

Continua depois da publicidade

Apesar da facilidade em fazer parte da rede, o consumidor deve ter documentos que comprovem o pagamento do serviço e a sua utilização, como em qualquer relação comercial. Ricardo Diogo Medeiros de Araújo, integrante da Comissão de Direito do Consumidor da OAB-SC, alerta que nenhum negócio deve ser feito apenas pela internet.

– É preciso nota fiscal, ordem de serviço; algo que seja documentado para comprovar que o consumidor deixou o produto na assistência.

Fique atento aos seus direitos

– Se o smartphone tiver defeito de fabricação em um prazo dentro da garantia, a assistência técnica autorizada tem 30 dias para consertar o produto ou substituí-lo, sem cobrança.

Continua depois da publicidade

– Passados os 30 dias, e sem devolução do eletrônico, a fabricante tem de dar um novo ao cliente ou devolver o valor da compra.

– Fique atento às situações em que a garantia vale. Catástrofes climáticas e descuido do cliente, como os casos de queda do aparelho e quebra da tela, não têm garantia.

– Se resolver investir em um seguro, verifique o contrato e as cláusulas que incluem o pagamento do serviço. O cliente deve ter o máximo de informações documentadas.

Continua depois da publicidade

Fonte: Ricardo Diogo Medeiros de Araújo, advogado especializado em Direito do Consumidor